Os lúcidos seguidores

11 de ago. de 2010

A solidão





              A solidão nesses dias tem um gosto amargo, sutil, me cutuca de vez em quando, me provoca, mas eu fico quieto no meu canto, engolindo a seco as provocações. Vejo muitos amigos me cercarem, amores me amarem, mas ela fica lá no pé a me catucar, solidão solitária, minha mão amiga, minha razão, solidão que me come, que me engana, veneno que me mata. Nesses dias a solidão me visita frequentemente, solidão esta perto de mim até mesmo quando estou com alguém, pois a solidão gosta de mim, me possui. Eu na amargura, engulo a seco as provocações de novo e de novo, pois a solidão gosta de perturbar nossa cabeça, nos ilude a depressão da nossa consciência, alimenta nossa impertinência.
              Ah solidão o que seria eu sem você, seria eu mais feliz e menos poeta.

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