Ela me
falou para eu ir, me disse com os seus olhos lavados, que eu era mais um
alguém, a sua verdade estava estampada em seus olhos, a sua mentira escondida
nas entrelinhas. Ela me disse sem pudor que eu era apenas mais alguém, que se
iludira com o seu corpo, e o seu corpo não era de mais ninguém.
Dissimulada.
No momento crucial enfim pude ver, que eu fingia não ver, a verdade que os seus
olhos estampavam, me sentir um bobo, por não ver a realidade em baixo do meu
nariz. Me iludi com o corpo e esqueci da sobriedade. E assim parti, deixei para
trás a isca que irá pegar mais um homem. Ela não me usou por dinheiro, pois sou
pobre, não fez eu trabalhar para ela e muito menos exigiu caprichos, apenas me
usou para saborear o amor bobo que os homens tem a lhe dar. Ela desfruta do
gozo. Vive a manipular. Eis o prazer dela. O quão bom deve ser, saber que pode
iludir homens tão facilmente, deve ser tão bom, que hoje ela necessite disso
para se dizer “mulher”.
Um comentário:
Muito bom, Lucas. Parabéns! Bjus ;*
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