Os lúcidos seguidores

13 de jun. de 2013

Toda noite ela se refaz



Ela dançou quando era feliz
Se embriagou de sua dor, que dor
E se jogou quando achou necessário
Gritou na janela dizendo que era atriz
Fingindo um teatro aberto
Se esqueceu que o mundo não é uma flor
E errou como sempre errou, tentando ser feliz
Ela colocou os seus saltos e se disse mulher
Olhando pelos olhos de garota
E desejando ser menina, que um dia foi
No fim da noite ela se acaba
Desaba no chão, cama não, apaga
No amanhecer do dia tudo se cria
E ela de desfaz, se desmancha em sentimentos baratos
Toda noite ela se faz mulher
Toda noite faz o que é
Dona si, se embriaga para iludi
Ilusões baratas de uma garrafa de gim



Um comentário:

Anônimo disse...

Massa cara. \muito bom amigo escritor.
\rubenio