Sento no
balcão, apoio meus cotovelos nele e tiro meus óculos. Peço uma cerveja e dois
copos. Encho o copo e em seguida viro, encho de novo e dessa vez tomo a cerveja
bem devagar. Olho para a entrada e o sol queima minha vista. Essa é a velha
rotina de um bêbado. Bebo cada copo como se fosse o último, cada gole como se
fosse o primeiro. A cada garrafa, me torno menos lúcido, e a lucidez pra mim é as rédeas que orienta nossa vida, na realidade cruel. O que me espera quando a lucidez acabar?
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