Os lúcidos seguidores

25 de jul. de 2010

O (a) bêbado (a)




Engraçado como as coisas tende a falar quando nos passamos da terceira garrafa de vinho, e como elas ficam lentas e sem graça, sendo todas elas com uma sinceridade sutil e ao mesmo tempo incrível, maldito seja o vinho que ao tomar, engana sua razão e alimenta sua boca para cuspir em mim, as palavras sinceras de um bêbado. Os cigarros jogados ao chão, as cinzas sujando a mesa, dando a ela uma cor não muito agradável, o cheiro que inala do meu corpo nada mais é que um cheiro mórbido, tudo que tem álcool é mórbido, a parede cinza é igual ao meu rebento, a porta aberta, escancarada, a casa vazia, a casa maltratada, choras, não eu, mas todo o resto que esta perto de mim, eu fumo um mais um cigarro me iludindo ao fim, me levanto num impulso irracional, e ando devagar, pois o mundo esta a balançar, em sua gangorra, eu andando atento, pois as paredes tende a se fechar, e o meu corpo que droga, continua insistindo em ir para trás, enquanto o que eu quero é ir adiante, mesmo que o adiante seja fruto da minha cabeça, ando pegando com afeto na parede, como se ela fosse alguém para mim, a que ponto cheguei, a lucidez tomou conta de mim, até que  fim conseguir chegar à sala, muito clara, queimava minha vista, andava em direção porta em quanto à luz me consumia afinal minha tristeza não tinha hora e nem dia, apenas ia, na solidão, caminhei para o cosmo e me desfiz em luz.

Nenhum comentário: