Os lúcidos seguidores

21 de abr. de 2011

O dia que descobrir que eu estava bêbado




Um dia voltando para casa, o sol já nascia, e me queimava os olhos, eu via as coisas fora do seu eixo, elas dançam quase que perfeitamente, e o chão que engraçado insistia em se mexer e eu insistia em não cair, as pessoas tinha uma vibração tão incrível, que eu vi as almas delas quererem sair do seus cárceres, e minha própria alma ecoava dentro do meu corpo, eu via as coisas que nem existiam, parecia uma lombra, mas não era, era meu mundo, meu corpo nada sentia, não sei se isso é bom ou ruim, mas meu corpo estava dormente, sei que pelos meus nervos deviam circular muita dor, que meu ser insistia em ignorar, que minha carne se esforçava ao máximo para não se contrair, meus dedos tocavam as coisas e as coisas não tinham as texturas, meu corpo estava em transe quase que perfeito.

Lembro me que cheguei a ver uma mulher, bonita, cheirosa, mas depois de uns segundos tentando concentrar toda minha visão nela, a mulher de repente eram duas, idênticas, dei um pulo do susto e sair o mais rápido possível, sem olhar para trás, vai que ela começasse a se multiplicar eternamente, tive medo nessa hora, um mundo só com um rosto, preferir nem pensar.

Chegando em casa, depois de um percurso árduo e cansativo, tentei abrir o cadeado, inúmeras vezes, todas fracassadas, eu vi que ali não tinha fechadura, mas tinha obvio que tinha, apenas meus olhos cansados e confusos, não conseguia ver alguns detalhes, e com certeza esse era um deles, por acaso do destino, uma das trinta chaves entra e consigo abrir, entro pela casa sem fazer barulho, sem fazer barulho nos primeiros 10 segundos os outros 5 minutos eu acordei a vizinhança toda, depois disso eu praticamente desmaio na minha cama, meus olhos turvos começam quase que instantaneamente a se fechar, meus olhos começam a escurecer, e minha mente se apaga. No outro dia eu acordo com muita dor de cabeça, mas com todo o resto normal.

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