Os lúcidos seguidores

2 de nov. de 2011

O Cactos


Tenha dó de mim, menina cabra da peste
Sou homem, menino, carcará em voou alto
Tenha dó de mim, tenha dó
Não sou nada além de um sertão
A gota do suor no semblante
Que escorre, que rasteja, para aguar a terra
Tenha dó de mim mulher
Que eu trabalho, nesse sol que me queima
A terra já me come antes mesmo deu morrer
Só direi mais uma vez Senhor
Não tenha dó de mim
Sou homem, sou pobre
Mais meu orgulho me alimenta
Me deixa muito mais que forte

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