Os lúcidos seguidores

18 de fev. de 2012

As paredes do meu quarto


As paredes do meu quarto guardam os segredos sobre mim
Quando eu desabafei sem medo, quando eu estava sozinho
Cuspi no espelho, e disse que me amava
Tentando alimentar meu falso ego
Sou muito mais do que puramente carne e sangue
Sou admirador de mim mesmo, viajante e talvez poeta
Saibam todos vocês que me olham assim, desse jeito, sem jeito
Que eu vejo o mundo do jeito que eu quero
Pois o mundo pode ser qualquer coisa, basta acreditar, seus tolos
As paredes do meu quarto guardam os segredos sobre mim
Quando eu desabafei sem medo, e com receio
Sobre o meu pensamento, talvez fraco e imaturo
Mas só a parede sabe, que sou apenas carne e sangue, apenas
Nos olhos de todos, sou além disso ou talvez nada
Sou poeta, eu vejo o que ninguém ver
Eu vejo o motivo para tudo isso, causa, a duvida e a resposta
Tudo ao mesmo tempo, ao mesmo tempo agora

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