Os lúcidos seguidores

14 de fev. de 2012

Noite de dezembro


Em noites quentes de dezembro
Lembro das nossas brigas sem sentido
Dos nossos gritos de desabafo
Do nosso amor, que caia e morria
Sem nenhum amparo
Lembro hoje, já homem
A marca da sua mão na minha face
Meu sentimento que se feria
Meu corpo que caia 
Lembro tranquilamente
Das cadeiras que quebramos
Das mesas que destruímos
E até das garrafas que bebemos
Para alimentar nossos motivos
Corações intactos, orgulhos feridos
No chão podia se ver tudo, tudo quebrado
Cadeiras, orgulhos, vidros e até razões
No fim éramos dois idiotas que brigaram
Jogados ao chão, nos olhamos apenas
E se conformamos com o desfecho
De mais uma noite de dezembro

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