Ele se achava certo e trabalhador, se orgulhava pelos
outros e exaltava as qualidades dos amigos, as mesmas qualidades que ele não
tinha, talvez até tivesse boa intenção, talvez. Sua vida era medíocre, seu amor
era falso, o seu corpo era gordo. Perdido dentro das próprias acomodações,
preferiu viver uma utopia, do que encarar a realidade que o cercava, mas ele a
ignora, a realidade é um veneno para ele, é um veneno. Agora tenta a todo custo
esticar essa existência, tenta com unhas e dentes manter a velha e boa
aparência de uma vida, mais ou menos perfeita. Todos ao seu redor já
angustiados com tamanho mediocridade, começam a se afastar dando passos para
trás, para que ele não perceba, que no fim será apenas ele, nesse mundo que o
mesmo criou. Um mundo sem realidade, um mundo da mediocridade, um mundo em que
seus defeitos fossem características de uma perfeição, um mundo dos ignorantes.
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