Ao me
levantar da cama, me olho no espelho e no espelho me perco. Minha barba mal
feita, minhas olheiras bem definidas e meu hálito horrível.
Ao acordar
de madrugada, fico a andar pelo quarto, a insônia me persegue, mas para me
distrair um pouco, vou a janela ver as pessoas andando na rua da madrugada.
Do outro
lado da calçada tinha uma garota, bonita, cabelos grandes e negros, o seu jeito
era meigo e sua feição me encantou. E ao olha-la me lembrei do meu grande amor,
que me encantou no primeiro e devassador olhar. As duas eram lindas. A mulher
atravessou a rua e foi para minha calçada, até o seu jeito de andar era
parecido, rebolava quando andava, encantava os diversos olhos que ali ficavam
presos a ela. Era linda. Na calçada cheia de homens, ela não caia no papo
deles, era esperta, já se notava pelo seu jeito meio malandro. Da janela me
esforcei o máximo possível para ouvir a voz dela, e que voz linda essa que
ouvi, seria eu capaz de descer e rouba-la para mim! Mas por ironia do destino
o meu novíssimo amor era barato demais, quando parou um carro, ela se vendeu
para um rapaz, e foi com ele por alguns trocados. Depois disso foi dormir e
esquecer as breves ilusões dessa vida.
2 comentários:
As palavras em destaques
dão um quê de sentido
a mais em qualquer escrito.
Belo texto,
como sempre.
Fiquei chateada... Meu comentário se perdeu.
Obrigada pela visita. Gostei tanto, quanto gostei do seu texto.
Me trouxe um sentimento de uma grande metrópole, um prédio, e meus problema pra dormir. Eu acho...
Abraços.
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