Os lúcidos seguidores

14 de abr. de 2012

O velho eu



            Ao abrir a janela e ver a mesma rua de sempre, com as mesmas pessoas, com os mesmos problemas que cercam a vizinhança. A casa não tem mas os velhos problemas, agora findados, a cama vazia não tem mais o velho bêbado cheio de ressaca, a velha janela não tem mais o seu velho admirador, que admirava aquilo que a nobre janela mostrava. Estamos felizes, com menos esfinges que agora nos cerca, e ao mesmo tempo estamos triste com a nova monotonia que a vida nos deu. Ao lembrar do passado de malandro, lembrarei dos prazeres e das dores sem fim. Ao olhar para hoje só consigo sentir falta do passado, que agora guarda parte de mim.

2 comentários:

Janaina Cruz disse...

O tempo chega varrendo as coisas de um lugar que parecia definitivo, aí tudo muda... Mas o passado tem a nossa cara, tem a cara de todas as coisas, o passado também somos nós.

Adorei teu blog, sigo o com prazer.

Anônimo disse...

não sinto tanta falta do passado. prefiro seguir em frente.
Emilie Escreve