Ao
amanhecer, o sol rasga o negro que era pleno. Me levanto e vou ao banheiro
lavar meu rosto. Ao ficar de frente ao espelho vejo um eu refletido, do outro
lado apenas um cara qualquer. Ao dar um passo para trás, num descuido,
escorrego. O negro agora é pleno em minha visão. O negro é meu mundo, por um
tempo incômodo. Quando volto a ver as paredes neutras do meu banheiro, me
levanto calmamente. Para a minha surpresa vejo no chão, o meu eu, mas agora sou
apenas um reflexo.
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