Os velhos
olhos de uma moça, voltaram. Um mundo aos seus pés. Pés de moça, mas que
escondem os calos, que muitos homens não há de ter. Ela acha graça nas
cantadas, mas não liga para isso, já esta vacinada contra o males. A moça,
talvez só tenha corpo de moça. Bebe a partir das dez e vira a noite, dançando
com sua solidão e cantando o seus males. Faz de sua vida uma história, que
causa inveja, afinal com tão pouco se faz feliz. Guarda a felicidade nos copos
que ela insiste em virar, mas não depende só deles. A felicidade da moça, é ela
quem faz, no copo, na dança, no beijo mal amado ou até mesmo no tapa que se
leva, ao dizer a verdade. A verdade não a choca, ela vive sem pudores e rir das
ilusões alheias. Os velhos olhos voltaram, mostrando escancaradamente a verdade
por trás desse mistério, conhecido apenas como moça.
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