Os dois garotos sentados juntos, em frente a janela, olham o
céu meio sem jeito e sem assunto. E ficam um aproveitando timidamente a
presença do outro. Um amor que nasce tão ingênuo como uma criança, uma flor sem
espinho, um amor sem dor e consequentemente sem o prazer que o faz existir.
Planos se constroem em vidas de poucas vivências, o amor que hoje é singelo,
precisa crescer, precisa provar que é forte o suficiente para aguentar os
problemas de homem e de mulher que viram no decorrer do tempo. O amor precisa
amadurecer junto com aqueles dois corpos, que veneram o céu, como se aquilo
fosse um noite de núpcias. A verdade parece estar de diante dos olhos deles,
mas a verdade é apenas uma mentira, pois amor sempre vai ser uma dúvida. O amor
sempre vai ser uma dor, um prazer, algo que nos machuca, mas que nos faz viver.
O casal de garotos adormecem, entregues a ingenuidade de suas almas.
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