Os lúcidos seguidores

19 de dez. de 2011

Angústia


Escrevi esse texto a pedido de uma amiga minha, que me pediu a minha opinião em forma de texto do que eu achava da angustia, e ai esta o resultado.

Os segundos me parecem horas, nesses momentos ilusórios, meu cárcere privado, se priva do seu prazer, enquanto espero calmamente que esse vazio que me preenche se esvaia pelo tempo, que estou aqui a perder. A olhar as paredes manchadas e o chão sujo, relembro do meu passado, que a pouco foi presente, e talvez nunca tivesse sido um futuro decente, nesses momentos em que estou sentado na escrivaninha e em que as palavras me faltam, em que o tempo como sempre me ironiza, ao olhar o relógio de parede, vi que os ponteiros não se mexiam, e ao me levantar na indignação de saber que o tempo de novo me enganou, olhou fixamente no espelho e ai sim eu vejo, que meu ser nada era do que simplesmente nada, pois o vazio que furou minha alma, e fez derramar meus sentimentos, agora deixou meu corpo em puro descontento, caio de joelhos, afinal sou refém dessa angustia, que a existência me deu, pois nas desilusões da vida, descobrir que a vida nada mais é que uma grande desilusão.

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