Os lúcidos seguidores

8 de jan. de 2012

A embriaguez


Quando você me ver embriagado
Não me venha perguntar os motivos
E nem questionar os fatos
Apenas aceite que eu sou um bêbado
Não me olhe com pena
Sei que você também já bebeu
Algum dia já desabafou o que não queria
Não me importo com meu estado
Todos esperam sempre o melhor
Mascaras e mentiras para fingirem
Não me examine a boca
Pois não negarei, quando estiver embriagado
Sei que vocês também já eraram, mas fingem
No seu perfeito mundo imaginário
Não me aceitam, por causa do meu hálito
Falsos, hipócritas, que me cercam
A bebida não faz de mim um otário
Me embriagado sim
Viro a garrafa sem contar os goles
Apenas me permito embriagar-me
Embriagar-me de tudo nessa vida
De alegria, de sinceridade e de satisfação


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