Quando sentava para imaginar
Inventava sempre um poeta
A lhe ludibriar com versos
sutis
O mundo era apenas uma carta
certa
Escondida na manga, para
depois usar
Quando falava, escolhia na
sorte suas palavras
Palavras que ela mal sabia
usar
A água a purificava, a
limpava, a matava
Mata doce menina, revive
mulher, matar
Lágrimas salgadas misturadas
com a água doce do chuveiro
E a noção de viver lhe
faltava
Faltava a razão da equação
que era sua vida
Sempre esquecia, que tinha
que viver
Mas nunca esquecia o que
tinha que esquecer
O tempo a batia e a deformava
A deformação nos olhos do
tempo
E a transformação nos olhos
da alma
A alma vazava e a entregava
Quando imaginava um poeta
Seus olhos escorriam, lágrimas
Dormia a se ludibriar com as
palavras
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