Caída ao
chão, ela chorava. Tinha em suas mãos, o que o seu corpo expeliu. Estava suja e
mal arrumada. Estava triste. A janela estava aberta, de onde podia ser um pouco
da rua e muito do céu. O quarto silencioso e escuro, a via e era a única
testemunha do momento. Escorria pelos seus dedos, na mesma proporção que
escorriam suas lágrimas, escorria a sua última esperança. A vista turva a
atrapalhava, mal tinha forças para limpar o seu rosto. E assim a pobre garota
perdeu tudo que lhe restava, a esperança de um dia ainda acreditar na ilusão de
sua vida. A triste realidade de saber que o céu não é negro e que a vida não é
finita, a matava aos poucos. A janela ficou aberta por muito tempo, tempo o
suficiente para o tempo não deixar mais a fecharem.
A tristeza
do momento ficou impregnada nas paredes, o cômodo esquecido, se tornou o túmulo
de uma sonhadora. Por isso hoje ela se deve ao respeito.
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