Karol estava confusa, andava pela rua, afim de chegar
logo em casa. Karol não entendia sua vida, tinha dúvidas de suas mais tolas
certezas. Ela chegou em casa, tirou parte da roupa e se deitou na cama, afim de
fechar os olhos e esquecer tudo aquilo que a atormentava. Se virou de lado e
ficou de cara com um espelho, se viu dentro de seus olhos. Dentro dela, tinha
apenas o vazio. Vazio que as vezes transbordava, quando uma lágrima escorria.
Karol se fechou na posição de um feto, e um feto ela se tornou. O vazio era tão
imenso, que o mundo se acanhou e a rejeitou, como uma mãe a rejeitar o filho
que ainda não nasceu. O vazio refletia no espelho, o olhar a entregava, como um
testemunho vivo, de que ela ainda não viveu o suficiente, para valer sua vida.
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