Ela era uma
garota inteligente, falava três línguas e desenhava paisagens como ninguém. Era
pintora, desenhava nos quadros paisagens que ela nunca viu, e nem fazia questão
de ver. Afinal, os olhos dela eram cegos, apesar de que ela conseguia ver as
pessoas a sua frente, sempre fazia questão de esbarra-las, só por
inconveniência. Ela não via as luzes, mas as sentia em seu corpo, desenhava
todas as cores, sabia de cada espaço, via tudo que tinha de ver mesmo com os olhos
fechados. Andrezza não sabia o que era a escuridão, e morrerá sem saber.
Deixar de
ver nem sempre é ver escuridão. Deixar de viver, é ser cego. Não ter olhos é
ver com as mãos. Ver escuridão é ser cego, mesmo com dois bons olhos, em sua
face montada.
Um comentário:
Essa Andrezza é apaixonante. Quero uma Andrezza pra mim ♥
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