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No quarto,
novamente no quarto, ele que tanto me entende, ouço a música da sala, uma
melodia agradável, ouço também os lábios se tocando, a televisão iluminando os
corpos, diversas cores, a situação me deixa nostálgica. Meu corpo sossega na
cama, se desmancha, escorre. O tempo me é ingrato, infelizmente. Ouço agora o
barulho do ventilador, o vento que bate em minhas pernas, me limpa aos poucos.
A solidão chega a passos lentos, quase em forma de sussurro, no meu ouvido ela
diz, que a vida é um quebra-cabeça que sempre vai faltar uma peça.
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