Os lúcidos seguidores

31 de out. de 2011

Mundo velho


Tantas pessoas, palavras e palavrões
Correria, velhos e loucos
Carros, ônibus e aviões
Em mundo feito para poucos
Correndo, fugindo, meros ladrões
Sou eu poeta falso?
Sou a verdade que você não vê
Seus olhos tampados, irritados
Nunca iram me ver
Murros, abraços e tapas
Fazem do mundo uma briga
Onde os fracos, tem que ser fortes
E os fortes, são apenas os fortes
Verdades estampadas
Mentiras ultrapassadas
Mundo velho e corrupto
Me atrasa o dia, a vida e o sono
Velho mundo corrupto
Suborna vidas em troca de vidas
Velho mundo corrupto
Uma pena que minha vida
Seja incorruptível

30 de out. de 2011

O que é educação?


Felizmente nossa educação e nosso caráter esta estampado em nossos atos, mas temos que nos conformar que nem todos tem uma boa educação e um caráter exemplar, e muitas vezes temos que aturar esses atos incorretos, pois é algo que se torna comum em nossa sociedade, o respeito ao proximo esta ficando cada vez mais raro.

Céu Negro


Hoje quando olhei pela janela
Vi o céu negro que cobria minha cabeça
Dizia eu palavras jogadas ao vento
Mas quem nunca falou por falar?
Ou apenas desabafar para ninguém ouvir
Minha boca calejada, cuspia mal dizeres
Não era mais um ingênuo, muito menos criança
Mesmo sendo homem, forte e desiludido
Em certos momentos me fazia de desentendido
Falava e falava apenas para dizer, para aquele céu negro
Que eu era negro igual a ele

29 de out. de 2011

Expectativas de um realista


As expectativas geralmente nos iludem, nos enganam a uma verdade tão verdadeira quanto nossos sonhos, o medo de arriscar, o medo de tentar, o medo de uma possível expectativa, mesmo sabendo que a mais simples expectativa surge de algo inconsciente, que não podemos controlar, temos medo do próximo passo, medo do próximo amor, medo da próxima desilusão, é tanto medo, que o medo nos come.

28 de out. de 2011

Eu numa sexta monotona



Numa sexta feira a noite, sem dinheiro, sem mulher, sem amigos para conversar, conversas sem sentido, para ver o tempo passar, sua mente já entorpecida pela monotonia da noite, o silêncio, a vontade de uma madrugada, que pelo menos o entretenha, o desejo do copo de cerveja, com os amigos ao redor, a vontade de sair para qualquer lugar que não seja a sua casa, para ver os outras paredes que não sejam as do seu quarto, vontade reprimida. A noite mal começou, enquanto uns bebem e riem a toa, você se deita e dorme, deixando passar o tempo.

Afirmativas de um duvidoso


Eu sei que vi
Eu sei que sei
Eu sei
Eu acho que sei
Eu acho que vi
Eu não sei se acho
Eu sei que não vi
Eu sei que não sei
Eu não sei
Eu ou ele
Ele ou eu
Será duvida
Também não sei

27 de out. de 2011

Flor de decepções


Flor das minhas dores
Dos amores
Alimenta esse ser
De decepções
Faz de mim seu novo espinho
Sua nova pétala
Ou sua nova fragrância
Ou quem sabe seu fertilizante
Faz de mim nem que por instantes
Parte de você
No qual vejo tão longe de mim
Faz esse sonho realidade
Nem que seja por segundos
Faz meu desejo se concretizar
Faz o que eu preciso fazer
Para te ter
Flor vermelha sangue meu
Tinja suas pétalas
Como o meu eu
Mas por favor
Faz de mim
Nem que seja por instantes
Parte de você
Depois aceitarei
Meu destino seja qual for

26 de out. de 2011

Máscaras




Um dia vi um homem
No outro dia vi outro homem
No dia seguinte outro
Todo dia via um homem diferente
Um dia pensei
Porque sempre vejo um homem diferente
Se é o mesmo homem de sempre

25 de out. de 2011

Caras, Bocas e Verdades



Pessoas e mais pessoas
Braços e pernas até troncos
Tantas palavras jogadas na minha cara
Já dizia meu mentor
Palavras são falsas, palavras enganam

Sei que sou mas um ninguém
Vendo passos desorientados
De formigas-pessoas nesse mundo vasto
Me pergunto, Deus porque tanta gente?
Para tão pouco espaço

Sei que meu bandulho, fome passa
Melhor do que muito bagulho
Fome, lágrimas, tudo isso passa, até fome
Tristeza amortiza com a ilusão
Falsa alegria de um mundo são

Meus olhos veteranos
Minha mente ingênua
Sei que desse mundo, sou uma pena
Deus porque tanta gente?
Para tão poucas Palavras.

23 de out. de 2011

Solitário




A solidão é uma mão amiga
Que nos acaricia
E depois com mesma mão
Nos fere a sangue frio
É um mal viciante
É um bem mascarado
É a inspiração
De um solitário 

Amor quando é doce demais...


Teu amor era doce
Tão doce
Que enjoei
  

22 de out. de 2011

Escárnio



Esqueça tudo que eu falei
Quando cuspi em você
Verdades tão falsas
Quanto o amor que te dei
Pois agora meu amor
Seu semblante de nada é para mim
Esqueça minhas palavras
E com elas minha boca
Não recordes de mim
Falsas juras de afeição
Pois meu imo, te ignoras
Esqueça das minhas rimas
Rimas baratas de um poeta
Embriagado em uma ilusão
Ilusão chama de você
Esqueça até do amor

A Cerveja



Bebo uma cerveja
Na esperança ainda viva
Que afogue minhas incertezas
Dessa minha vida

15 de out. de 2011

Poeta vadio



No domingo calmo
Meu ser afago
A sonhar no alto da abóbora celeste
Que enfeita de fundo meu pensamento curvo
De uma realidade densa e distante
De qualquer conclusão
Meu corpo na rede da varanda
A sentir o vento que limpa minha alma
Como um dilúvio que arrasta tudo
Num delicado processo de exclusão
Vejo as nuvens metafóricas
Que mudam em instantes
Igual minha cabeça que se transforma
Como massa de modelar
Esta sempre mudando em uma forma peculiar
Tão complicada conclusão incerteza
Que minha cabeça na certa faz para tentar ser alguém
Escrevo na viagem da minha cabeça
Que me leva as incertezas da loucura sã
Pobre de mim que sonha, sem sonhar.
Mato-me, sem me matar.
Imortalizo-me morrendo um dia
Eu poeta vadio
Escrevo no vicio
Do céu anil

13 de out. de 2011

Meu complemento


Se eu fosse o nada
Tu seria o tudo
Se fosse o sangue
Tu que me pulsaria
Seu eu fosse os pés
A terra sagrada tu seria
Se eu fosse os meles
Tu seria minha rainha
Seu eu fosse o incompleto
Tu me completaria
Se eu fosse o perfeito
Tu seria meus defeitos

12 de out. de 2011

Morrer de amor


Minha mente perece
Sem o seu calor
Para animar-me meu íntimo
Meu corpo decresce
Com sua ausência, a dor
Para salvar meu imo
Te peço me leve
Para os ventos que tu for
Mas não me deixes aqui morrer de amor

11 de out. de 2011

O que é ter vergonha?



O que é ter vergonha? é deixar de ser você, para ser o comum? não se prenda as barreiras das leis da sociedade, pois a propria sociedade, não tem barreiras.

9 de out. de 2011

Minhas Palavras




Sou tão complexo, tão difícil de traduzir, e de entender, que nem eu mesmo entendo minhas palavras, palavras soltas instintivamente, bruscamente lapidas pela minha razão.

A conquista



O sabor da conquista e do reconhecimento, os amigos, os parentes, todos ali para um único motivo, reconhece-lo, e é nesse exato momento que lembramos de tudo, de todo o sofrimento e de todas as dificuldades, pois cada abraço de parabéns, cada calor de cada um dos amigos, serve de inspiração para toda uma vida.

8 de out. de 2011

Felicidade



A felicidade é algo para poucos, algo que se faz constantemente, muitas vezes incoerente, a felicidade nos alimenta a paz, a muitos momentos em nossas vidas em que temos que tomar decisões, e independente dos resultados, temos que sempre ver todos os lados, pois muitas vezes mesmo em desgraça, sem há algo para se rir e chorar. Como eu já havia aprendido uma vez, quando eu era pequeno, em grupo escoteiro, eles diziam assim, o escoteiro é sempre alegre e sorrir nas desventuras, para mim não existe maior humildade do que essa.

7 de out. de 2011

Sociedade




Estou eu aqui no meio da multidão, tão solitário, como se tivesse em uma prisão, pessoas e mais pessoas que me passam indiferentes, nem me olham, nem veem, afinal todos ali são estranhos e imparciais. Sou eu uma formiga perdida no meio de tantas outras, sou mais uma peça desse quebra-cabeça, chamado sociedade.

6 de out. de 2011

Apenas lembranças


A tensão do momento ao chegar perto do seu ser, o coração se perde em descontento, ao lembrar que um dia traiu meu sentimento, a confiança, que se perdeu aos quatro ventos. Agora sobrou a lembrança de uma amizade eterna, eterna enquanto o tempo deixou, e a vida castigou, mas dessa ocasião saiu feliz, porque sei que mesmo com desilusão, fomos amigos em tempos de solidão.

5 de out. de 2011

Um pouco de mim, em poucas palavras




Embriago-me com as palavras, talvez numa tentativa delas me fazerem ver o que não vejo, talvez também de me fazerem ser o que não sou.
Muitas e muitas vezes que li textos e no final meus olhos se encheram de água, quantas vezes pequenas palavras me destruíram, e outras palavras ainda menores me refizeram, já escrevi tanto apesar de jovem, que daria para fazer alguns livros, todas essas palavras me serviram como um exorcismo de tudo que passei, um desabafo poético, sei que nos dias de hoje isso já é um vicio, escrever e escrever, apenas escrever e imaginar...

Amante



O coração pulsa ferozmente
Fazendo-me quente
O corpo inquieto lembra o amor
A dor da distancia
Ânsia de amar
Meu cerne ferve
Ao pueril ato de pensar
Com você estar
Nas noites de amor
Na alienação da dor
Na ambição de te ver
De te ter
Nossos corpos ultrapassar
Uns aos outros
Na inquietude do desejo
Na alvorada te vejo
Sobre  mim a dormir
No crepúsculo nossos corpos
Suados, ofegantes
Quase a fenecer
Da magnitude do nosso amar
E eu a sonhar
O dia de te ver

4 de out. de 2011

Terra de gente



O fulgor do sol
Penetra minha tez
As marcas na mão
A pueril pacatez
O suor sagrado
Lava meu semblante
Sedado perante pois
A dor no cárcere
Faz-me por um instante
Refletir na minha existência
Dores não o bastante
Na terra santa cultivo-me
Para me germinar puro
Como as verdes maravilhas
Que nascem para nos nutrir
Nas trilhas para saciar-me
Dessa fome a punir-me
Na penúria do prato hiante
Fico grato por uns instantes
Por ter nascido aqui
Na terra quente
Trabalhador, vivente
Sou servo permanente
Dessa minha terra
Apesar de seca e quente
Nela quero findar
Terra de gente

Os últimos passos de um vencedor

Não sou lá muito fã de políticos, mas tenho que reconhecer alguns poucos, quase nenhum, e José Alencar é um deles, estou lendo esse livro e indico para quem quiser uma ótima leitura, uma lição de vida, conta não a história política dele, mas sim de um homem que fez muito para chegar onde esteve e sobre a luta incansável nos últimos anos de vida, sobre uma doença ao qual tinha poucas, quase nenhuma, chance de ter cura, mas mesmo diante disso, em nenhum momento se entregou e lutou contra a doença, que o matou.

3 de out. de 2011

Mulher cretina



Já cheguei a tal ponto de sair varias vezes, mundo a fora, para ver se te encontro andando por ai, atrás de mim. Te liguei diversas vezes para ouvir sua voz, ouvir suas palavras, mesmo que com raiva, mas ainda doces. Me visto todo dia, sentado a porta esperando você, chamar meu nome, já bebi litros e litros de rum, para sim puder te imaginar e por alguns segundos acreditar que você esta ali, sentada junto a mim na mesa de bar. Já desabafei, gritei para todos, meus sentimentos revirados e ainda acordados por você... 

Ao passear

Caucaia - CE
Ao passear de carro, e ver o mundo passar correndo a minha volta, vejo o céu desabar em degradê e o sol sumir, nesse momento em que o vento bate no meu no rosto, a nostalgia me toma o ser.

2 de out. de 2011

Embriaguez utópica




Queria eu estar sempre embriagado
Para ver todo dia o mundo “embaçado”
E não ter não a vergonha de ser sincero
Mesmo quando não se deve
Queria eu estar sempre embriagado
Para falar o que eu acho
E nunca o que se deve falar
Queria eu estar sempre embriagado
Para não ver tristeza
E puder me desabafar
Com meu amigo imaginário
Queria eu estar sempre embriagado
Para me fugir a realidade
Desse mundo corrupto e atrasado

Amante rejeitado



           Um amante rejeitado, esquecido na sua cama, assim sou eu agora. A pensar e me martirizar imaginando ela com seu eterno e fiel marido, e eu o amante que passou e ficou, sozinho rejeitado nesse quarto, olhando pela janela velha o céu, que agora me consola, por ter sido tão humano. Eu conto perfeitamente o tempo que passa, cada segundo, cada minuto que me fiz de objeto para seu prazer. Me lembro como se fosse hoje, os dias que você jurava seu amor efêmero para mim, e eu numa dose ridícula de esperança, acreditava quase que cegamente nas suas falsas juras de amor, ao qual se esvaíram, como se esvaiu seu gozo.
           Um amante nunca pode amar, nem viver, apenas sentir prazer, e se conformar de que você tem o ser, o corpo, o cárcere, mas nunca vai ter o imo, afinal ser amante é brincar de ser feliz, só brincar mesmo.

1 de out. de 2011

Desabafo de um amigo


Nas mágoas do presente, com um gosto amargo do passado, ela viveu os seus prazeres, como se fossem os últimos, mergulhada numa certeza tão incerta, que nem mesmo ela sabia o que era o certo e o errado.
            O gosto do prazer efêmero, saciou-se na boca dela como um amor duradouro, iludida numa ingenuidade da idade, de que tudo fosse algo perfeito, mas mal sabia ela, que aquilo era um teatro da vida, com data para começar e terminar o espetáculo, e que no fim não sobraria plateia e nem palco.