Ele se achava certo e trabalhador, se orgulhava pelos
outros e exaltava as qualidades dos amigos, as mesmas qualidades que ele não
tinha, talvez até tivesse boa intenção, talvez. Sua vida era medíocre, seu amor
era falso, o seu corpo era gordo. Perdido dentro das próprias acomodações,
preferiu viver uma utopia, do que encarar a realidade que o cercava, mas ele a
ignora, a realidade é um veneno para ele, é um veneno. Agora tenta a todo custo
esticar essa existência, tenta com unhas e dentes manter a velha e boa
aparência de uma vida, mais ou menos perfeita. Todos ao seu redor já
angustiados com tamanho mediocridade, começam a se afastar dando passos para
trás, para que ele não perceba, que no fim será apenas ele, nesse mundo que o
mesmo criou. Um mundo sem realidade, um mundo da mediocridade, um mundo em que
seus defeitos fossem características de uma perfeição, um mundo dos ignorantes.
Os lúcidos seguidores
30 de mar. de 2012
O repelente
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Lúcia Castelo
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Conto
28 de mar. de 2012
A imaturidade e o dom de escrever
Ela tem um dom,
manipula as palavras como ninguém, mas sem maturidade fez de suas palavras,
apenas uma história que não convém. Ainda jovem se sentia mulher, mesmo sendo
insegura. Se apoiava nas palavras de amigas, que diziam aquilo que as mesmas
achavam. Pobre mimada não sabia lapidar o seu dom, fazendo-o se perder em
falsas juras.
A vida malina nos ensina da pior forma, e, assim a vida fez com ela; castigou-a com a ausência e com a desilusão. Descobriu, em uma parte de sua vida, que o amor não era eterno, era apenas um momento, que diziam ser eterno.
Caída no chão se lamentava de sua vida.
- Por quê? – perguntava para si mesma repetidamente, não entendia o porque de tudo aquilo.
Suas lágrimas lavavam o chão.
- Não – gritava ela, jogando, amassando e rasgando os papéis que ficavam em cima da sua mesa.
Sentou em sua cadeira e pegou o primeiro papel na frente dela. Sentada olhou fixamente para aquele objeto branco e delicado e ,ali, ela pode ver refletida sua realidade.
A casa vazia e ela cheia de tudo.
Se perdeu em seu próprio mundo, se achava tantas coisas e, no final, talvez de uma forma banal, descobriu que tudo era apenas um simples ilusão, alimentada por ela e destruída pela vida.
Andou até a área de serviço, já aceitava seu destino. Pegou a corda de varal, amarrou na janela.
- vamos você consegue – dizia ela lembrando de suas ilusões, para assim criar coragem.
- VAAAMMOS – gritou ela, talvez numa forma de catarse.
- Vamos sua vadia – disse se flagelando com a mão.
Olhou para a corda e viu sua coragem esvair, ao virar de costas para ir embora, ficou a imaginar com que cara enfrentaria o mundo agora, só de imaginar os risos que outros podiam dar, dos julgamentos ou pior das pessoas que tentaram ajuda-la, e ela negou rindo da cara deles, se dizendo capaz, nesse momento ela se encheu de coragem, e antes que ela fugisse, o fez.
A corda era até resistente, mas não resistiu ao peso do corpo cheio de culpa e de ressentimentos e se rompeu.
O corpo dela ficou estirado, ainda respirava. Adormeceu com a pancada que recebeu na queda, adormeceu pensando em estar morta, pensando em acordar em um novo mundo. Não vai acordar em novo mundo, mais um nova mulher irá acordar em um mundo velho, agora lapidando o seu dom e quebrando as doces ilusões.
A vida malina nos ensina da pior forma, e, assim a vida fez com ela; castigou-a com a ausência e com a desilusão. Descobriu, em uma parte de sua vida, que o amor não era eterno, era apenas um momento, que diziam ser eterno.
Caída no chão se lamentava de sua vida.
- Por quê? – perguntava para si mesma repetidamente, não entendia o porque de tudo aquilo.
Suas lágrimas lavavam o chão.
- Não – gritava ela, jogando, amassando e rasgando os papéis que ficavam em cima da sua mesa.
Sentou em sua cadeira e pegou o primeiro papel na frente dela. Sentada olhou fixamente para aquele objeto branco e delicado e ,ali, ela pode ver refletida sua realidade.
A casa vazia e ela cheia de tudo.
Se perdeu em seu próprio mundo, se achava tantas coisas e, no final, talvez de uma forma banal, descobriu que tudo era apenas um simples ilusão, alimentada por ela e destruída pela vida.
Andou até a área de serviço, já aceitava seu destino. Pegou a corda de varal, amarrou na janela.
- vamos você consegue – dizia ela lembrando de suas ilusões, para assim criar coragem.
- VAAAMMOS – gritou ela, talvez numa forma de catarse.
- Vamos sua vadia – disse se flagelando com a mão.
Olhou para a corda e viu sua coragem esvair, ao virar de costas para ir embora, ficou a imaginar com que cara enfrentaria o mundo agora, só de imaginar os risos que outros podiam dar, dos julgamentos ou pior das pessoas que tentaram ajuda-la, e ela negou rindo da cara deles, se dizendo capaz, nesse momento ela se encheu de coragem, e antes que ela fugisse, o fez.
A corda era até resistente, mas não resistiu ao peso do corpo cheio de culpa e de ressentimentos e se rompeu.
O corpo dela ficou estirado, ainda respirava. Adormeceu com a pancada que recebeu na queda, adormeceu pensando em estar morta, pensando em acordar em um novo mundo. Não vai acordar em novo mundo, mais um nova mulher irá acordar em um mundo velho, agora lapidando o seu dom e quebrando as doces ilusões.
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Conto
27 de mar. de 2012
Momentos de um homem
Ele tentou transformar a vida medíocre
Em tudo que o completasse e o iludisse
Achou que era homem, viu até verdade
Num passo em falso, viu de longe a ruína
Ilusão barata, se quebra pedaços em vinte
O homem, carcaça, se vê menino ferido
Nos últimos dias, viu a realidade
Realidade que o destruía
Viveu menino franzino, morreu homem realista
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Lúcia Castelo
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19:51
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Poesias
22 de mar. de 2012
Não mordo
Tem pessoas que fogem da gente, como se agente fosse algum
bicho do sertão. Eu não mordo não, não tenho garras, nem bico de gavião, sou
apenas um homem que ainda bate um coração. Não sou nenhum tipo de diabo, sou
apenas uma criação. Não fuja de mim, sem motivos coerentes, eu juro pelos meus
dentes cegos, que não mordo não.
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Lúcia Castelo
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17:41
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Prosa poética
20 de mar. de 2012
A poetiza
Ela foi tudo, amou até a última gota do seu amor, cantou em um
tom sutil as canções, em que muitos deliraram de prazer ao ouvir. Foi poetiza no
sentido verdadeiro da palavra. Amou as palavras que lhe faziam ser o que era,
mulher temperamental e inesquecível. Fez do seu vicio, o seu fim e do seu fim,
sua imortalidade.
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Lúcia Castelo
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Prosa poética
19 de mar. de 2012
Um pouco de Cassia Eller
Cassia
Eller, esse é o nome de uma das maiores interpretes musicais brasileira. Cassia
mal compôs em sua vida, no máximo três músicas, o que ela gostava mesmo era de
interpretar e fez isso divinamente bem.
Com uma
presença de palco gigantesca, posso dizer que foi uma mulher que marcou a vida
de muitas pessoas, pelas suas atitudes bem escancaradas, de uma forma que a definiu única, como no rock in
rio de 2001, me lembro assistindo pela TV quando ela ainda estava no palco e de
repente levantou sua blusa mostrando os seios para umas cem mil pessoas. Também
marcou por sua vida em si, pois era homossexual assumida, não tinha "meias palavras" para falar no assunto, era totalmente liberal quanto a isso. Outro fato que marcou sua imagem, foi o fato dele ser usuária de drogas.
Cassia foi
minha primeira cantora ou banda que me identifiquei, depois eu viria a conhecer
Raul. Com certeza foi algo que marcou minha infância, comecinho da
adolescência. E até hoje ela ainda me inspira a muitos, textos, poesias e etc.
Cassia era
filha de militar e de uma dona-de-casa. Viveu em quatro estados. Nasceu em BH,
ainda pequena foi para o Pará, dois anos depois, foi para Brasília, e nesta
cidade começou de fato a cantar. Participou de corais, de uma banda de forró,
de um trio elétrico denominado Massa Real e por fim tocou surdo em grupo de
samba. Marcou em sua carreira com seu ecletismo musical interpretando diversos
artistas, de estilos distintos, como: Chico Buarque, Beatles, Nando Reis,
Cazuza, Frejat, Renato Russo, Riachão e entre outros.
Cassia
Eller teve um filho chamado Francisco, apelidado por ela de Chicão. Ela teve o
filho com o baixista Tavinho, mas o pai não chegou nem a conhecer o filho, pois
o mesmo faleceu pouco tempo antes dele nascer. Quando o filho de Cassia nasceu,
acabou sendo criado com a sua companheira, Maria Eugênia, que posteriormente
ganharia na justiça brasileira o direito de ficar com ele.
2001, foi o
melhor e também o último ano de Cassia Eller. Nesse ano ela foi para o Rock in
Rio no qual, cantou ao lado de grandes nomes, chegou até cantar parabéns com o
Dave Grohl, aproximou-se até cumprimenta-lo, já que Cassia Eller era uma fã
declarada de Nirvana. E nesse mesmo ano, faria uma grande quantidade de shows
que talvez nunca tivesse feito em sua vida, e assim vivendo um momento
excelente de sua carreira, teve a oportunidade de gravar um DVD acústico, já
que ela priorizava canções ao vivo e como gostava de cantar, no DVD, ela teve
uma qualidade de músicos, como de letras e direção, conseguindo no começo da pirataria,
mais de um milhão de cópias vendidas. O seu maior sucesso até hoje.
E no dia 29
de Dezembro, viria a falecer de um ataque cardíaco. Dois dias antes do ano
novo. Na época do ocorrido, houvera boatos de que tinha havido um erro médico,
já que pensaram que ela estava tendo uma overdose por ser uma usuária de
cocaína, mas na verdade tinha tido um ataque cardíaco.
E ainda
hoje é muito nítido para mim, lembrar do dia em que ela morreu. Lembro-me do
exato momento onde estava, e da minha surpresa do fato de sua morte, e depois
eu indo correndo para dizer para a minha mãe.
A música
malandragem, letra de Cazuza e Frejat, tem uma história bem curiosa, pois essa
música era para Angela Rôrô, mas esta se negou a gravá-la, e a letra ficou
perdida até que Cassia Eller no seu acústico, a grava e a torna imortal em sua
voz. A letra pode ter sida escrita para Angela, mas hoje ninguém consegue ouví-la
sem pensar em Cassia Eller.
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Lúcia Castelo
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Documentário
17 de mar. de 2012
Carcará - Chico Buarque e João do Vale
João Batista do Vale mais conhecido como João do Vale. Ele foi compositor de várias canções, a mais famosa dentre elas foi carcará.
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Lúcia Castelo
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10:45
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Músicas
16 de mar. de 2012
A bebida, as desilusões e as consequências
Beberei uma dose para cada amor que tive
No mais velho e vistoso copo de cristal
Talvez na loucura real, faça isso sem medo
Mas com certeza a dúvida irar me tomar
Beberei de um só gole, sentido tudo aquilo rasgar
Descendo de goela abaixo, fazendo estragos
No final das doses não saberei, não mesmo
Se estarei sóbrio ou totalmente embriagado
Poderei eu ficar fora de mim com apenas um gole
Ou mesmo lúcido quando terminar a garrafa
Beberei, mas temerei as consequências
Não sei que efeitos poderiam ter hoje
Aquilo que eu senti quando eu era outro alguém
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Lúcia Castelo
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10:14
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Poesias
O mundo imediatista
Muitas pessoas nos dias de hoje, para não aceitarem alguma
realidade, que muitas vezes não é algo ruim, mas que a sociedade dita ser ruim
ou meio dita ser ruim, se deixam envolver em alguma ilusão, e fazem isso tão
bem, que elas mesmo acreditam piamente que aquilo é a mais pura de todas as
verdades. Vivemos em um mundo imediatista, um mundo que te cobra a todo
instante, em que você tem que ser aceito por todos, ou quase isso, mas quando
isso não acontece, o que podemos fazer? Quando não se tem onde se apoiar, algo
para dar base. É ai que muitas pessoas inventam algo para ficarem de pé de
igualdade, e para isso mergulham de cabeça em uma “verdade” qualquer, e assim
inventam algo que os deixem melhores, afinal, ser solitário hoje em dia, com
redes sociais, com celulares, e com mil e uma funções que já inventaram pelos
eletrônicos a fora para unir pessoas, não é algo bem visto. Lutemos para termos
cada dia mais, mais amigos em nossas redes, e ignoremos a nossa tão desprezada
realidade ou a tão amada e odiosa solidão.
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Lúcia Castelo
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Conto
15 de mar. de 2012
Ela apenas se iludia
Ela se dizia livre do mundo que a cercava, ignorava o que
todos diziam e se proclamava capaz, fazia um discurso exaltando suas
qualidades e repetia o dizer: "dinheiro não traz felicidades. Por vezes
até ensaiou atos de humildade, querendo assim provar suas palavras, momentos
esses tão marcados e contados, que pareciam até planejados, peça de um teatro.
Pois bem, o tempo passou e os anos mostraram o quanto fraco era o seu discurso,
afinal o dinheiro comprou a opinião dela, não só a opinião, e ainda se entregou
de braços abertos aquele mundo, afinal tudo ali no mundinho dela vem fácil,
mas um dia ela vai descobrir o que acontece com o que vem fácil.
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Lúcia Castelo
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Conto
14 de mar. de 2012
Meu esconderijo
O livros e mais livros guardados
Guardam um pouco do meu passado
Escondidos nas entrelinhas
E os frascos vazios de perfume jogados ao chão
Denunciam minha tola vaidade
Que tenho por essa minha imagem
De rapaz de bem e de poeta lúcido, aparentemente louco
As roupas fora do cabine, o terno amassado
A gravata perdida e a cama toda pisada
Exprimem todo o meu cuidado
Cuidado sincero, diga-se de passagem
Ao fechar meu quarto e partir
Deixo nele alguma parte desse meu eu
Perdida entre as bagunças que deixei
Entrelaçadas nas palavras que ali escrevi
Guardadas na memória de minha escrivaninha
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Lúcia Castelo
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18:49
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Poesias
Um mundo tão politicamente correto e chato
É tão repugnante, ser politicamente correto. Ter que seguir
as regras de condutas, para sim, somente assim, sermos julgados coerentes e
educados. Cadê nossas opiniões verdadeiras. Foda-se que sua opinião não presta
ou é infundada, foda-se se as outras pessoas não vão gostar, seja você acima
de tudo. E as inúmeras vezes que as pessoas privam de seu prazer e de sua
satisfação, em nome de algo correto, que muitas vezes a própria sociedade esta
se lixando para isso. Temos que falar aquilo que os outros querem ouvir, e agir
como eles querem ver, para sermos bajulados, fingindo assim ideias e
personalidades, afinal, as pessoas são de louça, não podem ser contrariadas,
temos que ser todos nos politicamente corretos.
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Lúcia Castelo
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Conto
Espalhadas pelo ar
Todo quarta, indicarei um curta-metragem, e hoje será esse: Espalhadas pelo ar
espalhadas pelo ar from vera egito on Vimeo.
Fotografia: Júlio Taubkin
Roteiro: Carolina Ziskind, Vera Egito
Som Direto: Cássio Koshikumo
Direção de Arte: Flávia Rebello
Empresa(s) produtora(s): Ioiô Filmes
Som: Cássio Koshikumo
Edição de som: Guile Martins
Figurino: Iara Wisnik, Thaísa Toledo
Maquiagem: Siva Rama Terra
Direção de produção: Victor A. Biagioni
Assistente de Direção: Lucas Keese
Assistente de Câmera: André Queiroz
Produção Executiva: Lorenzo Giunta
Direção de Fotografia: Júlio Taubkin
Mixagem: Pedro Noisymen
Montagem: FABIANA W. OTA
Música: Luis Macedo, Luiz Macedo
Escola Produtora: ECA-USP
Sinopse: Nas escadas de serviço de um prédio residencial, meninas fumam escondido dos pais. Tiram suas roupas, para evitar que o cheiro de fumaça as denuncie. CORA tem 30 anos. Ela mora no mesmo prédio que as meninas e está presa em um casamento infeliz. A mulher surpreende as meninas fumando. A partir daí, inicia seu caminho à liberdade.
espalhadas pelo ar from vera egito on Vimeo.
Fotografia: Júlio Taubkin
Roteiro: Carolina Ziskind, Vera Egito
Som Direto: Cássio Koshikumo
Direção de Arte: Flávia Rebello
Empresa(s) produtora(s): Ioiô Filmes
Som: Cássio Koshikumo
Edição de som: Guile Martins
Figurino: Iara Wisnik, Thaísa Toledo
Maquiagem: Siva Rama Terra
Direção de produção: Victor A. Biagioni
Assistente de Direção: Lucas Keese
Assistente de Câmera: André Queiroz
Produção Executiva: Lorenzo Giunta
Direção de Fotografia: Júlio Taubkin
Mixagem: Pedro Noisymen
Montagem: FABIANA W. OTA
Música: Luis Macedo, Luiz Macedo
Escola Produtora: ECA-USP
Sinopse: Nas escadas de serviço de um prédio residencial, meninas fumam escondido dos pais. Tiram suas roupas, para evitar que o cheiro de fumaça as denuncie. CORA tem 30 anos. Ela mora no mesmo prédio que as meninas e está presa em um casamento infeliz. A mulher surpreende as meninas fumando. A partir daí, inicia seu caminho à liberdade.
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Curta-Metragem
13 de mar. de 2012
As lástimas de um homem
As tuas lástimas pelas consequências do homem moderno
Pela obviedade do momento e pelas leis
Não podem ser traduzidas em poesia
Nem mesmo em simples palavras jogadas
As tuas lástimas escondidas entre teu peito franzino
Que inflama e te consome, só podem ser sentidas
E ao levar do tempo, consumidas
E no término, maturidade saciada de momentos, evoluirá
Sobre o homem, o mesmo que te ludibriou
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Lúcia Castelo
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Poesias
O homem correto e o bêbado que fala demais
Era um dia
claro, sem muitas nuvens no céu. Ele acabara de acordar, ainda vestia o pijama
todo amassado e calçava o chinelo, enquanto caminhava para a cozinha, para fazer
o tão tradicional café preto.
Era domingo,
não tinha empregada, tinha que fazer tudo sozinho.
- Ai que
fome, o que será que tem na geladeira!
A geladeira
estava mais vazia que barriga de mendigo.
- Ah não,
só me falta não ter mais café, essas empregadas de hoje em dia!
Ao abrir o
armário, lá estava o pote de café. Ele subira numa cadeira para tentar pegar o
pote, mas ao encostar os dedos viu que o pote não tinha nada.
- Oh Deus,
me ajude por favor.
Ele corria
para o quarto, trocava de roupa rapidamente e ajeitava os cabelos
arrepiados.
Colocou o
agasalho, pois aparentava estar um dia frio, pegou a carteira e saiu fechando
a porta do apartamento.
Ainda era
cedo, mal o sol tinha nascido ainda. No condomínio mal tinha gente andando por
ele. Mas ao sair encontrou o Seu João, e o respondeu:
- Como vai
camarada?
- Vou bem e
o senhor?
- Levando a
vida né...
- Alguma
novidade? Disse Seu João se afastando.
- Nenhuma.
O dia
estava quente, e nem um pouquinho frio, tirara o agasalho e botou nos ombros. E
ainda resmungara.
- Esse
tempo doido, sempre mudando.
- Porteiro!
Gritava ele.
E o
porteiro abriu a porta para ele sair. De onde ele estava, a padaria parecia ser
longe.
E foi
caminhando...
Logo depois
do condomínio, tinha um barzinho, lá se encontrava um homem, visivelmente
bêbado.
- Oi. Dizia
o bêbado fortemente, o fazendo parar.
- Oi.
- Sabe quem
eu sou?
- Um
bêbado. Dizia em um tom de ironia.
- Não diga,
foi tão difícil assim perceber.
Realmente
aquele dia ele acordara de pé esquerdo.
- Cara,
continua bebendo aí que eu vou comprar minha comida.
- Que é
cara? Disse ele se levantando.
- Hã?
- Tu vai me
ignorar só porquê eu estou bêbado? só porque sou zé ninguém, é isso? SEU
HIPOCRITA! Gritava ele.
- Cara tu
pegou o cara errado, hoje eu acordei de mal humor.
O bêbado
foi para cima dele, e sem dificuldades ele deu um murro que o bêbado caiu no
chão gemendo de dor.
- Que merda
essa? Dizia o dono do bar, Senhor Miguel.
- Nisso que
dá, deixar o bar aberto 24 horas, pra vagabundo beber.
Ele
aproveitou que outras pessoas chegaram para ajudar o bêbado caído e saiu para a
padaria.
E nesse
tempo, já inconformado de ter tantas pessoas o ajudando, resmungava, como se
tivesse falando com alguém.
- Esse
mundo esta perdido mesmo viu, até vagabundo tem mais direito que a gente.
Ele ficara
muito inconformado, se julgava o exemplar cidadão, dava moeda aos pobres,
separava seu lixo, fazia tudo aquilo que a sociedade mandava. Para ser um cidadão
exemplar, seguia à risca, as regras.
Com as
sacolas na mão e com sua boca “afiada”, foi em rumo ao seu condomínio, andava
de olho no bar e no bêbado consolado agora por um rapaz, que já se despedia
dele.
O bêbado já
olhava para ele, e ele devolvia o mesmo olhar, o coração batia frenético ao
chegar perto.
- E ai
covarde, vai me ignorar de novo? Disse o bêbado rindo da cara dele, ria de
jeito tão natural, que arranha a pouca lucidez que lhe sobrava.
Ele nunca
se sentira tão humilhado. E para piorar na hora que o bêbado riu dele, ao
levantar a cabeça, viu outros mais a frente rindo. Se viu cheio de razão nesse
momento, na verdade ele tinha tudo, menos razão na sua cabeça. O homem lucido e
certo, ali se entregava a verdadeira forma, caía-lhe a máscara imposta para
usar.
O monstro
se revelava.
E um único
chute derrubou o cadeira do bêbado, fazendo-o cair no chão, e a cadeira se
espatifar.
- Já não
basta o que tu fez e agora quer me bater.
- O QUE EU
FIZ SEU RETARDADO? O monstro disse gritando.
E ao correr
deu um chute na cabeça do pobre bêbado, fazendo sua boca sangrar e sujar a
rua.
Na mesma
hora algumas pessoas correram para segura-lo, e assim fizeram.
- Que foi
seu bêbado imundo? Você é um zé ninguém! Dizia ele achando estar cheio de
razão.
O bêbado se
levantou, e disse:
- Eu sou um
zé ninguém mesmo, nunca neguei isso. Melhor do que ser um falso.
Os vizinhos
do seu apartamento, já o olhavam do outro lado da rua, já os via com
rostos de negação, e outras pessoas também.
O monstro
se revelava, o homem que jaz ali, não existe mais, tamanha foi a humilhação
para ele, que a razão se perdeu dentro de si.
Jogou as
sacolas no chão, fazendo varias coisas quebrarem e derramar a manteiga, o
leite, e a garrafa de vinho, entre outras coisas.
- Tudo bem,
desculpas cara, eu perdi o controle.
E assim o
saltaram, deixando ele livre de qualquer amarra, assim o monstro esta solto,
para fazer o que bem entender.
O bêbado se
levantou e foi em direção a ele. Na visão do monstro, pensou que levaria um
murro, na visão do bêbado era apenas um abraço, de desculpas.
O bêbado o
abraçou e fincou no seu rosto, uma cara de espanto, a boca sangrando,
semiaberta e paralisada no meio de tantas pessoas.
O monstro
sorria na sua loucura, até o homem voltar a si e se desesperar. O monstro
quando ameaçado, não perdoa, no movimento que bêbado fez para cima dele, pegou
o gargalo no chão e o fincou na barriga do pobre bêbado, no momento em que ele
o abraçara.
O corpo
caia ao chão, e o homem que o feriu se desesperara, correu para seu prédio,
fugindo dos homens que o queriam, se trancou no seu apartamento, e ficou no
parapeito do seu prédio a admirar o chão que ficava na entrada. O corpo nas
alturas, o chão distante, depois de alguns segundos, o chão e o corpo, na mesma
dimensão.
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Conto
12 de mar. de 2012
O absoluto
Não podemos nada, contra aquilo que é absoluto
A estátua de pedra, a vida ou a morte
Murros na parede de concreto, só machucaram os dedos
O improvável nos motiva, a desilusão nos acorda a tapas
A vida no seu jeito dissimulado, anda ao seu lado
Cúmplice de seus atos, te ensinando a existir
Não podemos nada, contra aquilo que é absoluto
Só podemos nos conformar ou lutar contra o improvável
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Poesias
O Sétimo Selo - indicação de filme
É um filme
reflexivo. Da década de 50, o filme busca uma reflexão sobre o homem e a temerosa morte. Numa
época critica, pós-guerra, a humanidade ainda temerosa com os holocausto e com a
bomba a atômica, o filme reflete um pouco disso, refletindo o que o mundo passava.
Nada pode
enganar a morte, nem mesmo o mais sábio de todos os homens. Um cavaleiro que
voltava das cruzadas, encontra-se com a morte, mas antes de ceder a ela, a faz
uma proposta, se ela, a morte, o ganhar numa partida de xadrez, ele morre, se
perder, ele vive. E nisso percorre o filme, até que no fim, ele tira a mais
obvia de todas as conclusões, ninguém engana a morte.
É um filme antigo, mas que vale muito a pena ser visto.
É um filme antigo, mas que vale muito a pena ser visto.
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Indicações de filmes
10 de mar. de 2012
Eh Pagu, eh!
para visualizar o video todo, precisa se cadastrar nesse site primeiro, apertando o botão Logar no facebook, não precisa nem se cadastrar, entra automaticamente.
http://www.portacurtas.com.br/
Produção: Rebeca Mc Mello
Fotografia: José Roberto Sadek
Roteiro: Ivo Branco
Som Direto: Guga Bandeira
Direção de Arte: Adão Pinheiro
Câmera: José Roberto Sadek
Narração: Ênio Gonçalves, Ivo Branco, Julia Pascale,Raul Cortez
Assistente de Produção: Claudia Andrea Fajuri, Cristina Winter
Pesquisa Fotográfica: Ivo Branco, Paulo César De Azevedo, Vladimir Sachetta
Montagem: Francisco magaldi
Sinopse: O filme conta um pouco da vida e da obra de Patrícia Galvão, a Pagu. Casada com Oswald de Andrade, participou do Movimento Antropofágico. Jornalista, escritora e tradutora, entre outras coisas, ficou presa por quase cinco anos durante a ditadura Vargas por ser militante do PCB.
ESCRITO por
Lúcia Castelo
às
04:43
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