Os lúcidos seguidores

29 de jan. de 2012

Ela me disse


Ela me disse que o mundo era cruel
Disso que o amor era mel
E que até o mel era capaz de matar
Pela gula insaciável do desejo
Pela loucura do querer
Ela me iludiu me dizendo as verdades
Em um tom de ironia que me fazia duvidar
Das mais tolas certezas que o mundo a de dar
Deus já sabe da minha intenção, da ingenuidade
Ela me disse que eu era dela
Mas e ela, a duvida, a questão, será que era minha
Apenas ilusão do nobre coração
Mas ela me disse como numa confissão
Que o amor dela era a pura verdade
Mas sempre duvidei da certeza
Pois a verdade as vezes me parece uma conformação

Maria A.


Tua beleza é mistério que me condiz
Teu corpo me castiga ao meu olhar
Minha cabeça perdida, se perde na suas curvas
Como uma dose que eu entorno sem pensar
Meu olhar fascinado, se embriaga de você
Sem motivos, sem vestígios e sem razão
O desejo que nasce em mim, apenas diz
Mulher tua beleza, é tão bela que não vejo fim
Tu me alucina a ponto de achar que tudo é infinito
Tu me cativa o suficiente para eu achar perfeito
As tuas mais tolas imperfeições

27 de jan. de 2012

O ponto de vista


Uma palavra pode valer mais do que muitos momentos
Um ato pode valer mais do que mil palavras
O tudo pode ser o nada
E o nada a resposta para tudo
Tudo é a perspectiva do nada
O nada é somente o contrario do tudo
Qualquer coisa pode ter qualquer significado
Qualquer significado pode ter qualquer valor
Tudo isso depende do seu ponto de vista

26 de jan. de 2012

Do que adianta



Do que adianta o momento
Se temos muito futuro para o pouco hoje
Para um dia concretiza-los 
Do que a adianta a verdade
Se não sabemos dize-la por um todo
Omitindo algumas partes, fazemos dela uma mentira
Do que adianta o amor
Se não sabemos amar na verdadeira forma do ser
Amamos por amar, amor que faz padecer

Amanda



Desejo por desejo
Te desejei em um ato talvez perdido
Te imaginei perfeita dentro de mim
Tua loucura real, é tão real
Que para mim é ilusão
Perdida na realidade de nossa contradição
Desejo insaciável, incontrolável
Desejei você assim
No seu jeito imperfeito
Que me deixa satisfeito
Te quero até o fim
Perdido nos erros e nos acertos
Te quero para mim, te desejando
Te quero sim, mesmo que imperfeito
Quero ser feito de você
Até o fim do nosso amor eterno
Sem falsos juramentos de um amor falso, sem mim

25 de jan. de 2012

Te provoquei



Te provoquei
Provei do teu amor amargo
E no final não te dei
Esqueci do que eu era feito
E morri em um amor imperfeito
Eu disse prevendo o futuro
E iludindo meu momento
Que você era só contento
Mas esqueci do que eu era feito
Feito realidades fracas
E ilusões que neguei
E no final apenas morri
De um amor imperfeito
Te provoquei
Para provar o meu orgulho
Para dizer para mim mesmo
Que o nosso amor não era maior do que tudo
Pois o tudo é alucinação

O erro da inocência



Sinto a saudade de um tempo
Que ainda vai passar
Sinto a vontade nascer
Junto ao desejo prematuro
A voz da consciência
O erro da inocência
De querer ter o futuro
Antes mesmo do presente
Tentar pular o muro
Sem pensar nas consequências
Um murro na parede
E um palavrão ao vento
O erro da inocência  



23 de jan. de 2012

A resposta


As dúvidas me comem
As respostas me refazem
O constante ciclo que é minha vida
A dúvida da certeza
A resposta da equação
Tudo é uma dúvida
E o mesmo tudo é a resposta

Meu abrigo



Minhas lembranças se esvaem pelo tempo
E eu a olhar o céu a se fechar
Minha cabeça ainda perdida na tua
Sei que sou homem, mas nunca fui o seu
Nessa magoa vejo o tempo se encontrar
O céu agora nublado se fecha comigo
E você extinguido do meu eu
Nesse céu nublado, minhas lembranças
É o meu abrigo

Desejo da carne



Somos cegos para os nossos vícios
Queremos sempre um pouco mais
Queremos fugir do habitual
Vivendo o ciclo repetitivo do dia-a-dia
Queremos mais do que o outro
Desejamos sempre mais
Sem razão aparente, instinto
O desejo da carne é o que nos faz

Quero ouvir



Olhar no olhos, sem pudor
De quem se refaz em um segundo
Na alma, no beijo apanhado
No ato desfeito, depois de feito
Dos amores guardados
Dos momentos perpétuos
Quero ver sem fim, apenas eterno
Quero ouvir o que você me diz
Quero dizer o que te faz feliz
Quero ver teus olhos nos meus
Ouvir no silêncio tuas palavras
Quero ouvir o que você me diz
Me fazendo o que o sou
Sou homem amado e feliz

22 de jan. de 2012

Não foram apenas palavras



Não foram apenas palavras
Nem abraços apertados
Talvez fosse amor
Ou quem sabe paixão
Não sei te dizer, não sei
O que me fez feliz talvez fosse você
Ou apenas o acaso da loucura
Talvez a cura dessa minha vida
Também não sei
Não sei as razões e nem os motivos
Muito menos as desculpas ensaiadas
Nessa dúvida constante
Apenas vivo aceitando o que me foi dado
Não questionando os fatos
Não sei por qual razão
Apenas vivo sabendo
Não foram apenas palavras



O verdadeiro gostar


Talvez você nunca me proteja
Nem me defenda com suas palavras
Mas isso pouco importa
Te protegerei quando precisar
Te defenderei com minhas palavras
Quantas eu precisar dizer
Gosto porquê eu quero
Não porque espero algo em troca
Não gosto do perfeito
Gosto também dos defeitos
Gosto de um ser humano
E não de uma ilusão

Quando eu sair pela porta


Eu reclamei em um tom desatento
Que talvez nunca te amei
No meu olhar perdido de desejo
Apenas te desejei sem fim
Sei que o passo que dei
Foi pra ficar longe de ti
Iludido na tola distância
Ilusão quebrada e realidade amarga
Vi que você estava comigo
Como o abrigo cego do sentimento
Talvez menino, fui, enganado por si mesmo
Não tinha fé nas palavras minhas
Por isso reclamei em tom debochado
Para você não acreditar em mim
Quando eu sair pela porta atrasado

19 de jan. de 2012

Dor, doendo



A dor dói
Como dói a dor
A dor dói
Doendo
Consumindo-me
A dor
Vai doendo
Rompendo-me
Vai a dor
A dor que dói
Rasga-me
A dor dói
Que dói
A dor
Que sempre doera 
Porque dor dói
Se não doer, não é dor
Vai doendo
Dor que dói

18 de jan. de 2012

Queremos de fato



Queremos saber o que vai acontecer
No amanhã incerto do nosso querer
Queremos desejos prontos
Para mulheres que aparecem num piscar
Queremos de fato, fatos mais concretos
Sobre os mistérios que nós escondemos
Queremos o que não podemos ter
Para assim nos justificar perante a falta
Os atos marcados de uma vida feita
Queremos sempre o impossível
Pois o possível nos entedia
Queremos sempre mudar para assim talvez evoluir
Queremos a satisfação, o prazer
De um dia talvez sermos mais do que podemos ser




17 de jan. de 2012

Viagem de uma alucinação



Delirio
Loucura
Visão
Curvas
Molduras
Perdão
Vida 
Morte
Ressureição
Viagem
De uma alucinação

Coração



Meu coração
Que mais parecem retalhos
Misturados sentimentos e emoções
E pedaços do mundo
Meu corpo pagão
Que vive estagnado
Minha alma de poeta
Vivo incerto
Do que fazer da vida 
Meu coração
Que bate letras vermelhas
Que parecem sangue
Minha vida um diário
Entreaberto e rasgado
Um poeta fadário 

16 de jan. de 2012

Felicidades compradas



Felicidades perdidas
Pessoas enganadas
Momentos iludidos
De uma estrada falsa
Tudo incumbido
Em sistemas controlados
Uma vida de previsões na TV
Bêbados embriagados
Que bebem sua bebida
Nessa vida fabricada
Com rótulos e código de barra

15 de jan. de 2012

O negro céu



Hoje eu quero olhar o céu negro
Me perder no seu infinito
Quero que sua negritude
Me cubra como um manto
Perplexo com sua cor, meus olhos
Na sua cor negra e viva
Nessa noite meu pensamento se perde
Apenas a venerar o negro céu que me alimenta
Me cobre por inteiro e me faz poeta

14 de jan. de 2012

Os fatos



Os fatos nos levam a verdade, nem sempre verídica
A mentira nos leva ao prazer efêmero
A realidade nos destrói e nos constrói logo em seguida
O teus atos te fazem o que você é, homem ou um rato
O mundo te julga e você julga quem esta do seu lado

13 de jan. de 2012

Eu e a palavras



Escrevo num devaneio
De achar que sou o senhor das palavras
Escrevo sem pausas
Para acompanhar meu pensamento
Escrevo poemas
Para desabafar minhas dores
Escrevo apenas para saciar meu vicio
Esse vicio estranho de querer
Decifrar os momentos, os encantos e desencantos
Apenas escrevendo em palavras tortas
Minhas dúvidas e minhas certezas

12 de jan. de 2012

A doçura guardada



Quebraria as regras do espaço e do tempo, só para te entregar em um breve momento, a doçura que tenho guardado, para assim alimentar seu contento de moça e poder me vangloriar que te fiz sorrir.

O último



Você me amou como se eu fosse o último
Você mentiu como se fosse verdade
Você na verdade viveu como se fosse o amanhã
Se embriagando nos seus sonhos
Achando que eu era santo, mas nem sabia você
Do que eu realmente era feito
Feito desejos, instintos de um homem, talvez defeitos
Você fez tudo além do que podia fazer
Eu era homem além de qualquer coisa
Você se enganou nos dias em que me desejou
Se iludiu com minhas verdades
Amor, você me amou eu sendo o último
E o último eu fui pra ti
      

Apenas paciência



As vezes a vida quer um pouco mais de paciência
Dessa nossa impaciência de querer viver
Prever um futuro impossível
E ignorar passado como se fosse lixo
Fazemos um presente superficial
Não temos paciência para descobrir o vital
A sabedoria nos falta nessa correria
De ver que viver é puro instinto
Tenha paciência com seus erros
E suas consequências, pois até a tristeza
Nos faz ver a vida de forma diferente
Quebrando a ilusão superficial
De que a vida é apenas prazer
Não precisamos de livros ou de sugestões
Apenas viva e se deixe viver
Que a vida se encarrega do resto
Tenha um pouco mais de paciência
Pois tudo que a vida quer é tempo
Para viver e apenas viver, sem pressa

11 de jan. de 2012

Mulher


Mulher diz no meu ouvido mal acostumado
As palavras que me deixam sem jeito
Perdido no seu desejo
O teu corpo perdido no meu corpo
A beijar tua nuca e dizer que ama sem pensar no futuro
Mulher tu transborda alegria
Que me contagia e me deixa a te adorar
Esse teu jeito tão peculiar de ser mulher
Que se encaixa no meu jeito
Tão sem jeito de ser homem

10 de jan. de 2012

Eu, a loucura e a moça


Oh moça respeite minha loucura
Essa minha cura desse meu ser
Se tu não é lucida o problema é teu
Mas me respeite apenas, por favor
Sou diferente e penso longe
Não vou contagiar ninguém
Pois a loucura é um dom, poucos a tem
Por isso moça trate de se virar
Pois minha loucura não te convém
Entenda por favor, não seja hipócrita
Se sou louco e feliz, pra quê mentiras
Não preciso de vocês, sei mentir sozinho
A minha loucura é inoportuna para quem não a tem
Apenas finja que eu sou mais um alguém
Mas deixe minha loucura
Pois ela é minha e de mais ninguém

9 de jan. de 2012

Apenas o que me interessa



Só me diga o que os meus ouvidos querem ouvir
Não me venha com verdades fingidas
Pode até ser mentira, portanto que seja verdade
Cabocla que reina em minha casa
Quando deitar comigo no luar
Antes que jure seu amor por mim
Apenas me diga sem pudor ou falsidade
Diga amor, diga dor, diga o que for
Mas apenas diga colada em minha nuca
Aquilo quero ouvir, sentir, a mais pura realidade
Seja isso o que for, até seu amor

8 de jan. de 2012

A embriaguez


Quando você me ver embriagado
Não me venha perguntar os motivos
E nem questionar os fatos
Apenas aceite que eu sou um bêbado
Não me olhe com pena
Sei que você também já bebeu
Algum dia já desabafou o que não queria
Não me importo com meu estado
Todos esperam sempre o melhor
Mascaras e mentiras para fingirem
Não me examine a boca
Pois não negarei, quando estiver embriagado
Sei que vocês também já eraram, mas fingem
No seu perfeito mundo imaginário
Não me aceitam, por causa do meu hálito
Falsos, hipócritas, que me cercam
A bebida não faz de mim um otário
Me embriagado sim
Viro a garrafa sem contar os goles
Apenas me permito embriagar-me
Embriagar-me de tudo nessa vida
De alegria, de sinceridade e de satisfação


A necessidade



A necessidade
Nos faz ver a dura realidade
Do que realmente podemos
Fazer para sobreviver
Diante desse mundo
Que exige da gente
Sempre mais do que podemos ter

7 de jan. de 2012

Amor que mata



Mulher teu amor é mortal
Tua ama e tu morre
Sentindo a dor, desse amor fatal
Tu goza, tu vive, tu falece
Mulher teu amor é veneno
Tu ama e tu morre
Teu amor ingênuo, rejeitado
Agora é ácido que corrói a alma
Mulher teu amor não tem o sabor
Daquele sentimento que faz viver
Mulher teu amor te mata
Pois teu amor, é rejeitado, esquecido
O teu amar, é apenas dor

Não me julgue


Não me olhe assim, como se culpa fosse minha
A vida é o que é, não podemos muda-la, apenas aceita-la 
Convivemos por amor, e por amor morreremos
Nos iludimos nas palavras, e nelas vivemos a verdade
A verdade de que a gente se ilude, nessas bocas sedutoras
Somos apenas homem e mulher, discutindo a relação
Dessa vida que a gente quer, por isso não julgue
Não me olhe assim, como se a culpa fosse minha
Sabemos muito bem, que amor é um espinho que convém
Sangra, dor, ilusão, tudo em troca de um prazer
Viver e apenas viver pelo amor
Mesmo que com isso, morerremos de dor
Por isso não me culpe, se te amei demais
Se alimentei em ti, a vontade de me querer
Pois nos meus dias, nas noites sem fim
Só ficava pensando e pensando
Em um dia te ter



O desabafo de um sóbrio


Do meu silêncio fúnebre
Saiu a resposta da dúvida
Aquela, que todo homem se pergunta
Dos meus passos calados
Via a minha conformidade
Sobre a verdade, que me seguia
Dos meus olhos vividos
Apenas se via o brilho
Reflexo do sol que me queimava
Meu terno bem arrumado
Demonstrava um certo afeto
Pelo momento, um certo agrado
Das poesias, palavras arrumadas
Eram apenas desabafos
Mais um amor, que me destruía

6 de jan. de 2012

Que será - Milton Nascimento e Chico Buarque

Cadê a felicidade


A felicidade que nos procuramos pode estar escondida na próxima esquina, em baixo da mesa, dentro de nós, pode até estar do seu lado, fingindo ser outro alguém, a felicidade em muitos momentos desvia da gente de forma cínica, e outras ela estende sua mão de forma inusitada, mas até nesses momentos por ignorância ou desatento, deixamos ela escapar, ela escapa diversas vezes que chegamos a suspeitar que ela foge de nos, mas é a gente que foge dela, pois muitas vezes para conseguimos a felicidade, é preciso apenas um ato de querer ser feliz. Nunca você deve esperar a felicidade vim até você, você que tem que ter a atitude de ir até ela, mesmo que você não faça ideia de onde ela esteja.

5 de jan. de 2012

O Padrão


Vivemos por anos mergulhados em nos mesmos, acreditando na mesma verdade, ditando as mesmas mentiras, com o mesmos amigos, jurando o mesmo texto, e assim vivemos, repetindo o passado, fingindo o presente, e fingindo arquitetar um possível futuro, e perdemos o tempo muitas vezes embriagados, da mesma rotina entediante, que a vida nos dá, mas com o tempo áspero, vemos que somos conformados, a seguir a velha rotina de regras, para nos mantermos normais perante os outros.


O Grande Absurdo (Louis Ferdinand Céline)

A tristeza comum



A tristeza dói no peito, esvazia a alma, corrói nosso coração, dissimulada ela invade seu corpo, a tristeza lhe come, lhe domina, mas não deixe ela ser plena e te possuir por completo, se permita se sentir triste, ter o seu momento, depois disso não deixe tristeza lhe consumir, consuma a tristeza, e se torne mais maduro e conhecedor da dor, faça da tristeza seu aprendizado, e a use, até esgota-la.

4 de jan. de 2012

Se permita



Viva o que tenho que viver, não deixe ser julgado
Quando andar, não olhe para trás
Passos do passado
Já passaram, pense no futuro
Deixe se viver apenas
Não se prenda aos fatos
Não se iluda com a verdade
Se permita ao instinto da carne
Deixe seu coração selvagem
E viva, sem regras hipócritas 

3 de jan. de 2012

O traidor


Te amei de forma sincera
Dormi e dividi contigo prazeres
Que poderiam durar uma vida inteira
Fui para ti o teu complemento
O nosso amor imperfeito, nos satisfazia
Nunca neguei, sempre fui livre
O instinto de viver
Me guiou pelo mundo injusto
Talvez na imaturidade, liberdade
O puro instinto que veio a mim
Te trair num descuido
Ou apenas num pretexto
Nunca deixei de te amar
Mas ferir seus sentimentos
Seu amor ferido, morreu calado
Te trair, troquei meu amor
A razão do meu contento
Pelo prazer de alguns segundos
Troquei um momento passageiro
Por talvez uma vida ou apenas uma ilusão


Os bons tempos



Meu amor púbere e contínuo
Me entrelaçava o imo
Alimentava minha alma
Coração meloso, transbordava
Meu olhar cego de afeto
Via somente amor eterno
O tempo andou, na sua calmaria
Envelheceu sentimento, amor antigo
Que nos novos tempos
Batia franzino, sem contento
Os frutos desse amor, já não eram mas doces
Como nos bons tempos
Em que eu me lambuzada de você
Os dias e dias, que passaram
Carregados com eles foi a paixão
O habitual matou aos poucos
O sentimento quase que eterno
Desse meu tolo coração

O perdido



Eu procurei em mim, somente
Conhecer as verdades incontidas
Que desse estranho ser
Que se abriga dentro de mim
Procurei nele o meu eu
O corpo metafórico
Que se esconde na carne
Essa que sangra feito animal
Mas num descuido racional
Me perdi, apenas me iludi
Me perdi dentro de mim
Meu eu confuso, confundiu
A saída dessa loucura
Fiquei apenas a tentar entender
Que o meu eu era infinito
E infinito estou a tentar
A tentar me entender

2 de jan. de 2012

Cabelos ruivos



Quando vejo teus cabelos
Que me roubam o olhar
Quando vejo o seu corpo
No qual me perco no seu delinear
O tempo para, o coração dispara
E apenas você existe no momento
Em que fico a te admirar
Teu corpo de mulher
Que transborda de desejos
Teu olhar de menina
Que me encanta, me deixa sem jeito
Teu jeito de moça
Que encanta meu coração
Tua boca desenhada
Desenha minha imaginação