Os lúcidos seguidores

29 de fev. de 2012

Sou como o vento



Sou como o vento, não tenho rumo
Sou suave e frio, as vezes forte
Ninguém me ver, mas todos me sentem
Eu sou o prazer em rumo a sorte
Me modelo em cada corpo que toco

O que te alimenta


Quero ser a tua comida, sem volta, uma ida
Esse seu desejo que escorre a pele morena
Do mesmo jeito você se mantém, você amena
Quero ser esse teu céu e inferno, apenas a vida
Ser o veneno que mata essa sua vontade
Esse seu sentimento que a prendia
Amor que transbordava sobriedade
Fazendo num tormento, mulher rebeldia
Quero achar tuas inspirações, verdades
Me encher de seus ideais e te fazer capaz
De ver que pessoas mudam, dia-a-dia
Mulher de poucas dores, muitos amores
Quero ser parte do calor, para te matar
Você morrer de amor, todo dia
Nesse amor dissimulado, revelia  

28 de fev. de 2012

Eu quero saber



Eu quero saber, o que fizeram com os homens e suas contraversões, onde que esconderam seus erros e onde compraram suas inovações, eu quero saber aquilo que vocês escondem, a verdade por trás do discurso, a mentira incontida na mais pura verdade, sim eu quero saber, o porquê dos fatos, o motivo das duvidas e as respostas dos porquês.

27 de fev. de 2012

Os momentos passados



Fiz dos momentos passados que me seguiram como erros
Um apoio para um amanhã distinto
Dos amores perdidos e esquecidos fiz de ancora para o meu mundo
Que me agarre e não me deixe voar da realidade em que vivo

O menino



No passado lembranças de um menino
Que aparentava ser um homem
Dizia que conhecia a si mesmo
Capaz de amar qualquer mulher
Era apenas um jovem iludido
Perdido dentro de si mesmo
Achava que era amadurecido
Mal tinha vivido adores da vida
Nas lembranças ficaste o menino
Hoje ficou apenas o homem calejado

26 de fev. de 2012

A estagnação



Aquele que se perde e que se faz de mal entendido, para melhor se passar, como o provável coitado, para talvez sentimos pena dele, pessoas assim, são pessoas conformadas com sua fatalidade, que se conformam sem ao menos tentar mudar aquilo que lhe foi ditado pelo destino, ou pelos homens. Pior do que perder, do que morrer, é conforma-se a mediocridade de sua vida ou de seu destino, achar que ser fraco e ser recebido a milhares de pesares, vai ter fazer melhor, apenas vai te fazer mais fraco, recebendo um sentimento nada invejável, a pena. Para mim aquele que se conforma, que se entrega e talvez se rebaixe mais ainda a espera de um milagre, muitas vezes em um ato desesperado para fugir do julgamento de um reles conformado, faz planos falsos, em cima de ideais tortos e ilusórios, tão ilusórios quanto ele mesmo, algo assim não merece pena, nem ajuda, pois ajuda se dar aqueles que tentam, independente das circunstancias, a única coisa que darei a essa pessoa será meus risos, apenas rirei de tal destino, de tal circunstancias, de tal conformação.

O reflexo do eu


Não sei quais são as duvidas
Muito menos a respostas
Vou me olhar no espelho
E lavar meu rosto imundo
Não vou me reconhecer
Mergulhado de desejos
Que nunca vão acontecer
Cuspindo pretextos
Esquecendo os fatos
Me faço um esquecido
Desse amor, fardo
No reflexo do espelho
Nada vejo, além de um outro eu
Feito do passado
E eu do outro lado do espelho
Sou o presente momento
Momento censurado 

Dona de si



Ela se diz sã e dona de si
Dona da razão absoluta
Vê paredes riscadas de giz
Uma visão oculta
Ela fala sozinha, de vez em quando
Verbos de reprovação
Ela se diz livre das amarras
Mas se prende ao coração

25 de fev. de 2012

Virando o momento



Pouco importa esses atos sem razão
Ou mesmo a versão nova de sua vida
Bebo uma dose, virando esse momento
Que queima a garganta, rasgando as lembranças
E esquenta o corpo desse homem, acalento
E quando perguntarem, direi sem aborrecimento
Bebo sem motivos, fingindo o sofrimento
Sou apenas um admirador desse boêmio momento

Ao falar comigo


Quando falar comigo não use ironias
Palavras assim são fracas demais para tanto
Não tente me persuadir, tentativa em vão
Quando falar comigo apenas desabafe
Mesmo que seja palavras sujas e mal compreendidas
Pelo menos nelas terão a sinceridade
Que não teve naquelas nas quais você decorou
Dizer o que pensa, apenas, dificuldade
Quando for falar comigo, se cale
Ensaiar pensamentos, a falsa verdade

24 de fev. de 2012

O anoitecer


Ao olhar a janela e ver a escuridão que se completa
Sentir no peito o desejo pelo infinito
O vento bate no corpo, esfriando o ser
Meus olhos veem distante o meu coração
Fugindo para o longe, o viver
Saindo desse corpo finito
E se completando no anoitecer

Caleidoscópio de um poeta



Não sei o que meu corpo esconde
Nesses momentos de solidão
Amor, delírio, poder
Querer sofrer calado
Sem poder dizer palavras em vão
Dizendo os mesmos pretextos
Palavras de um lúcido
Texto sem emoção, caleidoscópio de um poeta
Um amor sem razão, uma dor qualquer
Me faz perder o chão
Me deixe sozinho a conversar com as paredes
Os motivos dessa minha doce satisfação

23 de fev. de 2012

Meu estado de contentamento


          Estou feliz com esse meu vicio incessante de escrever coisas que eu não entendo, feliz por desabafar em palavras, coisas que não conseguiria desabafar em atos comuns, ou como vocês chamam, normais, feliz por quebrar essa película que cega quase todos os olhos que vejo, me liberto disso, escrevendo apenas. 
           Imagino vários mundos paralelos a esse, no qual lá posso ser eu, sem perguntas, sem questionamentos. Escrevendo me faço completo, nesse mundo incompleto, por isso estou feliz, por ver o que muitos não veem, por ter o que poucos tem.

O habitante de pasárgada






Sinopse:
Que Fernando Sabino (1923-2004) é um dos maiores cronistas da Literatura Brasileira – e seu livro Encontro Marcado tornou-se nos últimos 50 anos um clássico contemporâneo da língua portuguesa – é informação que qualquer cidadão com gosto pela vida cultural brasileira tem em conta.

Mas o Sabino homem de cinema, que realizou películas em curta-metragem ao lado do diretor David Neves – a partir de 1972, quando a dupla criou a produtora Bem-te-vi Filmes – é tesouro que constituía privilégio de pesquisadores e amigos. O DVD “Encontro Marcado com o cinema de Fernando Sabino e David Neves” reúne 10 curtas, realizados em 35 mm, com dez minutos de duração cada, retratando alguns dos maiores escritores brasileiros de qualquer tempo.


Nada de diferente



Visões fixas e marcadas, de pessoas iguais que se dizem diferentes, pois acham que o que elas pensam é algo original, mas na verdade são copias, quase que perfeitas. Elas mudam as palavras, mudam o tom, e se declama os capazes, pobre ilusão, querem ser intelectuais, mas mal sabem pensar. Pessoas presas a mesma razão, a mesma verdade, a mesma mentira, as mesmas desculpas para justificar os fatos.

22 de fev. de 2012

Sacrifícios


Infelizmente tudo na vida exige sacrifícios, alguns fáceis outros mais complexos, e quase todo sacrifício profissional, pessoal, de relacionamento, seja qual for, tem seus riscos, e todo risco por mais que a gente evolua, sempre veremos como algo ruim, ninguém quer arriscar seu futuro, seu dinheiro, mesmo nas escolhas mais convictas de uma pessoa, tem o risco de perder tudo, ou voltar pro passo anterior. O medo de abrir mão do certo, para tentar algo maior, mais ainda não válido, deixa qualquer um bem reflexivo, é inevitável você não pensa no lado ruim, quase impossível, mas a vida é isso, tem momentos que abrimos mão daquilo que gostamos, para um futuro melhor, nos arriscamos por algo melhor, quando erramos, nos evoluímos e voltamos a tentar novamente. Podemos muito bem nos conformar com o que já temos, mas uma pessoa conformada, jamais saberá o prazer de conquistar novos desafios, desafios que nos alimentam, que faz a gente sempre ver um pouco mais além de tudo. 

Mulher selvagem


Eu quero me afogar no teu amor
Quero ser unicamente sua dor de amar
Quero me perder nesse teu corpo felino
Me iludir nesses olhos a parte
Mulher selvagem, Mulher apenas
Me deixe morrer de amor, agora
Me fazer acreditar, que posso te ter
Mas você apenas me ignora
Me fazendo sofrer
Mulher selvagem, tuas garras
Me marcaram a mente
Desse corpo demente
Me faça homem, por favor
Misturando prazer e dor
Apenas sigo teus atos
Mulher selvagem, amor primitivo
Prazer quase que infinito
Mulher selvagem

A loucura da vontade



E se eu gritasse feito desesperado
Se eu dissesse tudo o que sinto
Beijasse todas as mulheres
Declamasse sem vergonha nenhuma
Poemas que escondo a sete chaves
Se eu dedurasse todos os corruptos
Ignorasse as consequências desse povo
Se eu falasse as palavras proibidas
Perdesse a vergonha de ser feliz
Fosse somente eu, apenas
Cantasse as músicas, no tom quem eu quiser
Se eu me julgasse, da forma mais sincera
Se eu fizesse tudo isso
Eu poderia me declarar louco?

Os velhos problemas



Tão jovem, perdida nos problemas
Problemas de velhos, a consequência
Velhos problemas da vivencia
De jovens que são velhos demais
Tão linda, mulher, tão delicada
O mundo a julga de todas as formas
E ela julga a si mesmo, por não julgar ninguém
Jovens que deixam o tempo correr
Mais se prendem a velhos e repetidos problemas
Tão menina, com enigmas de mulher

21 de fev. de 2012

Maria


            Maria, tola garota, brincava de bonecas aos dezesseis anos, achava que sabia tudo da vida, mas era a vida que sabia tudo dela, Maria era bonita, sua beleza contagiava e maltratava os homens que a desejavam, um corpo de mulher, uma cabeça de menina.
            A Mãe de Maria nos dias de sextas-feiras, viajava para o interior, a empregada tirava folga e apenas ela tomava conta da casa, varria, passava pano, nos tempos vagos até escrevia, escondia os textos a sete chaves no seu quarto, ela dançava enquanto ouvia o rádio, se divertia sozinha, não tinha muitas amigas, mal conversava com as pessoas do condomínio.
            Mas quando estava anoitecendo, o avental ficava largado lá cozinha, as bonecas socadas em uma minúscula caixa, suas roupas de menina ficavam todas lá, a maquiagem da mãe ficava toda remexida, Maria já não tinha os mesmo olhos inocentes, estava decidida, apesar de que a dúvida e a incerteza ainda cobria o seus atos, saiu as onze, marcada pelos passos, do barulho que os saltos faziam, toda menina tem desejos guardados e um dia eles ficam maduros, para em outro dia serem revelados, a pequena Maria, tinham muitos, maduros até demais que se estragavam, suprimido dentro do peito, aquilo a destruía. Ainda era cedo, o barzinho do zé em frente ao condomínio ainda estava aberto e os bêbados ainda bebendo e fazendo barulho, típico de sexta-feira a noite.
            Ah a noite passava na sua calmaria, o barulho cessava, o bar fechava, os bêbados caiam, a noite como uma criança, brincava, e depois de algumas horas, partia, o sol nascia queimando os olhos daqueles que tinham insônia.
            No outro dia, tudo voltava ao normal, ou quase tudo, o sol nascia por completo, mostrando os rastros deixado por ela, o batom caído e mal usado, de tantas vezes que ela tentou usar, acabou-o estragando, as roupas da Antônia todas jogadas e remexidas, apesar de que ela tentou colocar tudo de voltar no mesmo canto, era visível que alguém mexera em tudo, no quarto da mãe, só se notava o espaço vago em entre os tantos saltos que ela tinha.
            Umas dez horas, Antônia vai ao apartamento, esquecera seus documentos, depois de muito tempo apertando a campainha, entrou com a chave reserva que ficava com o vizinho, ao entrar pegou o jornal do dia e jogou na mesinha da sala, e foi procurar por Maria, revirou todo o apartamento, ligou para muitas pessoas e ninguém sabia dela, depois de muito desespero Antônia sai e vai procurar ajuda, no jornal em cima da mesinha, estava escrito em letras enormes: Garota jovem, morre ao tentar fazer programa.

Cuidado com os dizeres


Não seja aquilo que tu julgas
Cuidado com as palavras
As vezes elas escapam e se perdem
Mas ninguém nunca as esquecem
Cuidado com teus atos contados
As vezes eles repetem
Cuidado para não cometer os mesmo erros
Do qual você apontou o dedo

19 de fev. de 2012

Falsos perfeitos


Eu sei que vocês também erraram
Eu errei em acreditar
Não me julguem culpado
Pois vocês também já foram
Usando mascaras e tampando os rostos
Se fazem de pobres inocentes
Todos nos somos culpados
Por isso não me julguem assim
Falsos homens que se dizem santos
Como se o pecado não morasse ali
Não me olhem com esses olhares cínicos
Como se eu fosse o primeiro
Fingem e esquecem, que sou apenas mais um
Que como todo humano, errei
Fingem tão bem, sendo uns falsos perfeitos
Não dirijam palavras a mim
Vocês são iguais a todos
Apenas mais uns pecadores sem fim

O Bar


O bar é o meu novo lar
Lá  eu posso beber e fingir minha embriaguez
Posso conversar qualquer coisa, coisa qualquer
Posso beber sem ter culpa, fingindo motivos
Posso beber simplesmente pelo vicio
O vicio de querer sempre um pouco mais
Um pouco mais nunca faz mal
Mas de pouco em pouco se faz uma garrafa
E uma garrafa sim, faz mal
Nesse meu novo lar, chamado bar
Acolhedor dos bêbados e solitários
Ou mesmo dos boêmios sem razão
Bebo mais uma dose, engolindo a conformação
Esquecendo dos fatos, me faço um novo homem
Bêbado e conformado, afinal
O bar é o meu novo lar


18 de fev. de 2012

Contramão


As pessoas me estranham
Porque as vezes eu ando no sentido contrario
Ando no rumo que eu achar melhor
E as vezes o melhor é a contramão
Talvez eu seja a ovelha negra dessa sociedade
Ou apenas um lúcido, que veem além de todos
Não me delimito por placas ou conceitos
Ou mesmo pela grande maioria



As paredes do meu quarto


As paredes do meu quarto guardam os segredos sobre mim
Quando eu desabafei sem medo, quando eu estava sozinho
Cuspi no espelho, e disse que me amava
Tentando alimentar meu falso ego
Sou muito mais do que puramente carne e sangue
Sou admirador de mim mesmo, viajante e talvez poeta
Saibam todos vocês que me olham assim, desse jeito, sem jeito
Que eu vejo o mundo do jeito que eu quero
Pois o mundo pode ser qualquer coisa, basta acreditar, seus tolos
As paredes do meu quarto guardam os segredos sobre mim
Quando eu desabafei sem medo, e com receio
Sobre o meu pensamento, talvez fraco e imaturo
Mas só a parede sabe, que sou apenas carne e sangue, apenas
Nos olhos de todos, sou além disso ou talvez nada
Sou poeta, eu vejo o que ninguém ver
Eu vejo o motivo para tudo isso, causa, a duvida e a resposta
Tudo ao mesmo tempo, ao mesmo tempo agora

Uma velha história


Vou contar a vocês, uma velha historia
De quando eu era jovem
Vê se pelo menos não dormem
Enquanto eu digo as mesmas palavras
Daquela velha e repetida historia de vida
Finjam interesse, pelo menos
Quando eu desabafar a vocês
Palavras decoradas desse babaca que sou
Se vocês tiverem coragem de ouvir
Um homem que se perdeu na historia
Da sua própria vida

16 de fev. de 2012

O homem



O homem fez o seu caminho
Construiu pontes, ligou horizontes
Construiu seus castelos
Ditou suas verdades, venerou o seu Deus
O mesmo homem
Criou os desastres e as doenças
Ditou a mentira e negou deus

Dentro de mim


Não sei o que eu guardo dentro de mim
Amores relevados ou erros sem fim
Esses meus olhos calejados e viciados
Veem o desejo desesperado, desse corpo armado
Sei que não sou candidato a santo
Não tenho culpa que os pecados
Sempre andam ao meu lado, guiando meus passos
Não sei o que eu guardo dentro de mim
A duvida, a certeza, ou um bar sem gim
Para afogar minhas incertezas
Sobre a certezas do amor
Nas madrugadas eu olho no espelho
Uma jogada, para tentar ver
Homem sem magoas


15 de fev. de 2012

A falsa certeza



Tenho certeza de sou capaz
Capaz de viver com essa minha lucidez
Loucura intima, mascarada
Tenho certeza de sou capaz
Dizer verdades, como se fossem mentiras
Dizer mentiras, com um pouco de verdade
Ser contraditório nessa sociedade
Que mentiras se misturam as verdades
Tenho certeza de que sou capaz
De me iludir, talvez acreditar
De que sou capaz, de ser apenas mais um
Que vê propagadas e ler jornais
Seres marcados, momentos iguais
Talvez eu não seja capaz
Me dar náusea, ler coisas banais

14 de fev. de 2012

Noite de dezembro


Em noites quentes de dezembro
Lembro das nossas brigas sem sentido
Dos nossos gritos de desabafo
Do nosso amor, que caia e morria
Sem nenhum amparo
Lembro hoje, já homem
A marca da sua mão na minha face
Meu sentimento que se feria
Meu corpo que caia 
Lembro tranquilamente
Das cadeiras que quebramos
Das mesas que destruímos
E até das garrafas que bebemos
Para alimentar nossos motivos
Corações intactos, orgulhos feridos
No chão podia se ver tudo, tudo quebrado
Cadeiras, orgulhos, vidros e até razões
No fim éramos dois idiotas que brigaram
Jogados ao chão, nos olhamos apenas
E se conformamos com o desfecho
De mais uma noite de dezembro

13 de fev. de 2012

Efeito mesinha de bar


Sentado a mesa de bar, conversando e discutindo politica, conhecendo novas pessoas, e bebendo umas cervejas geladas, assim passo a noite, socializando com o mundo, as cervejas vão aumentando com o decorrer do tempo, e nos daquela roda de conhecidos vamos nos conhecendo melhor, com a sinceridade que o álcool nos dar, começamos a nos abrir, falsos bêbados a rir de si mesmo, todo o bar fica a nos olhar e sentir um pouco de inveja da nossa felicidade. Mal sabem eles do que a gente ri, mal sabem eles, que nem aqueles que riem, sabe o porquê. Ouvindo a música e se entregando aos fatos, em poucas palavras de pura boêmia nos conhecemos, numa roda de novos amigos, contando as histórias da semana e desabafando os novos casos, cada um compartilha um pouco, perto do final quase todos trocando contatos, felizes e satisfeitos, alguns embriagados, sempre chega a hora de todos irem para casa, todos se levantam naquela nostalgia de fim de noite, e partem para seus lares, para curtirem no outro dia a ressaca.

Amor de mãe



Nenhum amor é tão absoluto, como o amor de mãe, mesmo pai que ama, cuida e também sofre, não tem o amor que só a mulher tem, ao ver seu descendente, fruto de sua carne. A mãe, a mulher que dá a luz, que institivamente se sente obrigada a amar incondicionalmente. O amor de mãe é um amor que nasce absoluto, único, constante e consegue atravessar a vida, se duvidar até a morte, pois o amor de mãe, é um amor aparte, sem limites e sem fim.

A mulher que passou



Hoje eu vi uma mulher passar na minha frente
Passava bela e imponente
Passava irreverente, sem olhar para os lados
Vestia um vestido com um salto alto
Andava derramando sua beleza voraz
Meus olhos dominados a perseguia
Seu passo bem marcado e constante
Marcava minha mente
A mulher passou e me abandonou
Passou também o meu desejo improvável 
E assim continuei a viver meu dia, mais um dia
Marcado pela beleza desconhecida
De uma mulher qualquer

O senhor de tudo



Será que o tempo finito realizará meus devaneios
A vida é muito curta para o muito tempo que a vida dá
Tempo esse que fico a presumir, talvez iludir-me
Tempo esse que prosseguirá diante a mim
Nunca depois de mim, nunca depois de nada
Tão hipotético os momentos que ainda passaram
Pois os momentos que passam, não tem algum sentido
Somente o sentido, de realizar os momentos futuros
O tempo, senhor de tudo, dita os passos
De cada momento que ainda vai passar
Por mais que a gente corra, o tempo correra mais


12 de fev. de 2012

No meu escuro


No meu escuro se pode ver o mundo
Sem muros ou verdades contorcidas
Se deixe levar, apenas se deixe
Não há tempo para se perder
Quando há muitas coisas para você ver
Além do que simplesmente seus olhos dizem

Foi o acaso



Nosso caso, foi um acaso, apenas
Fui um momento marcado, revelado
Ditado com meio e fim, sem contradições
Eu sei que foi pela impaciência, pela inocência
O futuro concreto, contra o presente incerto
Eu sei que foi tudo por acaso
Um encontro sem vontade
O amor sem mentiras e verdades
Apenas convicções e fatos
Que faziam do nosso amor um sentimento
Sem sangue vermelho e vivaz
Meu coração mal batia por ti
Apenas se conformava, no amor ilusão

Dizem por ai


Sei que andam falando de mim por ai, falam mentiras, pois o quem falam de mim já não é mais deu, é de um outro eu, que não faz mas parte de mim.

Meu corpo insano



Quando eu sair não me siga
Amor não se perca nos meus caminhos
As dúvidas que tenho, não tenha
Meu afeto por ti são espinhos de uma flor
Sei que é perfeita, no meu mundo incerto
Nos poucos momentos felicidade e dor
Homem satisfeito, feito eterno
Mulher de amores concretos
De alegrias eternas, que duravam dias
Quando eu sair não me siga
Se um dia tiver que partir
Para viver meus sonhos imaturos
Que eu me perca pela vida
Para assim o sentimento não me fazer voltar
Lembro do seu corpo no meu corpo
Mutação de dois seres em um
Me perdia em seus lábios, prazer
Me fazendo morrer todo dia
Todo dia de amor, a enlouquecer
Por isso não me siga, quando eu partir
Meu corpo insano se foi ao mundo
Mas meu coração domado ficou




11 de fev. de 2012

A chuva forte



Olho a chuva forte
Vejo a monotonia 
Um dia sem parte de mim
As lembranças do teu corpo
De seu beijo, dos seus vícios  
Que parecem não ter fim 
Vejo o vinho e o fumo parados
Sem ti eles não têm os mesmos significados
Fico atado a sua lembrança 
Amarrado a sua imagem

Quando for me procurar


Me procure nas mesas de bar
Nos copos de cerveja
E nas conversas aleatórias sobre politica
Não me procure em baixo das mesas
Nem no quarto ou dentro do armário
Me procure pelas ruas, por qualquer canto
Nas rebeldias e nas revoluções
Me procure nos solitários e nos boêmios
Nas duvidas e nas certezas dessa vida
Talvez você me ache dentro de mim
Perdido em qualquer canto desse meu vasto ser
Me procure em você ou nele
Nos bêbados sem causa
Nos amores sem fim
Ou nos poetas defasados
Só não me procure no óbvio
E no convencional



O rei



Andou na rua como se fosse um embriagado
Cambaleou na calçada, achando que era o dono
Encarou as pessoas pensando que era o rei
Gritou e falou como se todos os ouvissem
Desabafou e contou a vida para o nada
E continuou andando fingindo ser um embriagado
Para não assim não ter que sentir vergonha
E talvez justificar os fatos
Andou para todos os lados, sem chegada
Chegava ao seu fim
Segurava um litro de gim, mas sem beber um gole
Estava totalmente embriagado
Ele via horizonte, tentando achar a si mesmo
Não via nada de diferente
Gritava achando que era o rei da própria vida
Sem pressa continuou a caminhar
Sem fim ou sem chegada, apenas ia
Numa dessas esquinas, seu corpo se entregou
Caiu no chão, no meio de tantos indiferentes
Um rei adormecido, confundido como mendigo
E todos nem davam atenção

Não negue



Não negue aquilo que te dei
Talvez não sincero, mas verdadeiro
É tudo revelia, mas aceite
Talvez vermelho como sangue
É apenas alegria desse ser
Que se queima de sentimento
Que se ilude de você
Que se atiça desse meu querer
Talvez não o primeiro
Mas como se fosse o último
Faço tudo para não ter o próximo
Mergulho tentando me afogar
Dentro do teu vermelho quente
Apenas vejo desejo incompreendido
Teu olhar não me persegue
O meu teu segue, perdido
No teu corpo bandido, apenas a amar

10 de fev. de 2012

Segredo homem



Pessoas são segredos
Deciframos durante uma vida
Segredos humanos são banais
Deciframos o óbvio
E questionamos algo mais
Pessoas são segredos
Apenas deciframos
Para apenas conhecer o semelhante
Mas o semelhante muitas vezes é você


8 de fev. de 2012

Um ser duvidoso



Nada é fácil de entender
A doença que mata
A vida que passa
O capitulo mal entendido que você pula
É preciso viver apenas
Sem julgar e se questionar
Nada é fácil de fazer
O tudo é tão relativo
Que o nada já nos agrada
A chuva forte que não passa
A água que nos purifica
O vento louco do mundo
O sol nos queima
Tudo isso que me arrodeia
Me fazem o que sou
Um ser duvidoso

Certezas ilusórias


No meu olhar cansado e nas minhas imaginações
Imagino respostas para velhas perguntas
Perguntas são duvidas constantes
E nenhuma resposta é totalmente certa
Pois até a certeza, as vezes nos deixa incerto
Sobre as certezas da vida
Por isso fico a imaginar, apenas
As velhas perguntas sem respostas
Pois as respostas esta muito além de nos
Só me resta imaginar, meio embriagado
Olhando para a rua e vendo carros passarem
Nesse meio tempo sempre invento algo
E acredito naquilo como se fosse verdade
Nessa minha idade, minhas certezas são incertas
A cada meio tempo, torno a muda-las

Me procurando


Procuro meu eu nos cantos das paredes, daquelas em que eu me apoiei e talvez deixei ali parte de mim, jogado de qualquer jeito, enquanto eu caia de solidão ou talvez de estupidez, me deixei escapar nas palavras soltas e ingênuas de um homem. Hoje já maduro recolho partes de mim, em um passado sem orgulhos e me refaço aos poucos.

1 de fev. de 2012

O amor maduro


A vontade é o inicio da busca
A coragem é a porta
Para você entrar onde nunca entrou
A perseverança é o trabalho árduo
De nunca desistir de achar algum sentido
Mesmo que perdido ou escondido
Para sua busca incessante
Por algum amor maduro e sem frutos
Talvez eu nunca a de achar o verdadeiro
Eu sei que fui muito além do que achava
Ultrapassei os limites das minhas ilusões
Talvez no final na estrada
Ou na parada para descansar
Eu te ache abandonada a me espera
Para seguir comigo pela vida árdua
Nos lambuzando de um amor fresco